O governador do Banco de Portugal pediu escusa de todas as decisões que envolvam a Caixa Geral de Depósitos e resultem da auditoria agora conhecida. Carlos Costa, que foi administrador do banco do Estado entre 2004 e 2006, assegura que não teve responsabilidade na atribuição dos créditos que se revelaram ruinosos e garante ainda que está disponível para prestar todos os esclarecimentos no Parlamento.
Num esclarecimento divulgado a propósito de notícias publicadas na revista Sábado e no Jornal Económico, o governador diz que, entre abril de 2004 e setembro de 2006, foi administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) responsável pelas áreas de 'marketing' e internacional da instituição e que “não teve responsabilidades nas áreas de crédito, risco, acompanhamento de clientes ou de controlo e auditoria interna”.
Contudo, refere, uma vez que o seu mandato na CGD é também objeto de análise da auditoria da EY (que avalia a gestão entre 2000 e 2015) “comunicou ao Conselho de Administração do Banco de Portugal a sua intenção de não participar nas decisões decorrentes das conclusões desta auditoria”, o que foi aceite.
Carlos Costa refere ainda que está “totalmente disponível” para prestar os esclarecimentos que o Parlamento entenda necessários, “designadamente sobre os termos da sua participação nos órgãos colegiais que aprovaram as operações que são objeto da auditoria da EY à CGD”.