A Procuradoria-geral da República (PGR) confirmou que a auditoria à CGD ainda não está em segredo de justiça. A PGR já informou o Parlamento que CGD pode enviar auditoria à Assembleia da República.
A auditoria à CGD pode, assim, chegar ainda hoje ao Parlamento.
O ministro das Finanças disse hoje no Parlamento que a CGD tem a indicação para levar "até às últimas consequências" para responsabilizar ex-gestores e que o Governo não tem qualquer problema com a auditoria e eventuais consequências.
"Ninguém neste Governo tem qualquer problema com a questão da auditoria e as consequências que a auditoria possa ter", disse Centeno na audição perante os deputados da comissão de Orçamento e Finanças.
O governante vincou que esta auditoria foi solicitada já com o atual Governo, pela primeira vez em 20 anos, "ao fim de oito ministro das Finanças e sete governos".
Sobre a responsabilização dos gestores do banco público cujas decisões se relevaram ruinosas, Centeno disse que, enquanto tutela da CGD, deu "todas as instruções ao Conselho de Administração da CGD para atuar na preservação quer patrimonial quer das responsabilidades que ainda se consigam fazer valer".
A administração da CGD "tem a indicação pelo Governo para levar até às últimas consequências todas as ações necessárias para que aqueles que possam ser responsabilizados (...) possam vir a sê-lo no seu devido lugar", disse.