"As principais operações da empresa foram interrompidas", face à decisão do Departamento de Comércio dos EUA de "negar encomendas", afirmou a ZTE, em comunicado.
No mês passado, Washington proibiu as exportações de componentes destinados ao grupo chinês, devido a declarações fraudulentas num inquérito sobre a investigação ao embargo imposto ao Irão e à Coreia do Norte.
Os EUA já tinham aplicado, em março de 2017, uma multa de 1,2 mil milhões de dólares à ZTE por ter violado o embargo aos dois países.
A firma disse que a decisão de Washington ameaça a sua sobrevivência, que depende de tecnologia norte-americana, como microchips e o sistema operacional Android.
A suspensão surge numa altura de crescentes disputas comerciais entre Pequim e Washington, suscitadas pela ambição chinesa para o setor tecnológico.
Através de um plano designado "Made in China 2025", Pequim quer transformar o país numa potência com capacidades nos setores de alto valor agregado, incluindo inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.
Pequim criticou a decisão do Departamento de Comércio junto das autoridades norte-americanas, durante negociações em torno das disputas comerciais, na semana passada, com uma equipa da Administração norte-americana chefiada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
A ZTE "tem dinheiro suficiente e adere rigorosamente às suas obrigações comerciais, de acordo com as leis e regulamentos", afirmou no comunicado, enviado à bolsa de Hong Kong."
Com sede em Shenzhen, no sul da China, a ZTE é responsável pelo desenvolvimento da infraestrutura 5G no país asiático e umas das maiores fabricantes de 'smartphones' do mundo.
A empresa e partes envolvidas estão ativamente a dialogar com os departamentos relevantes do Governo norte-americano, visando a modificação ou anulação" da medida, acrescentou
Com Lusa