Em causa estão reformas que permitam a libertação de parcelas dos empréstimos internacionais, no quadro do terceiro resgate financeiro concedido à Grécia, em julho 2015.
Os credores internacionais impuseram a Atenas um novo plano de medidas, que representem 2% do PIB grego, que se soma a um primeiro, equivalente a 3% da economia do país.
O objetivo é obter um excedente primário (sem juros da dívida) de 3,5% do PIB, em 2018.
No domingo, o parlamento grego aprovou a reforma fiscal e de pensões, proposta pelo Governo de Alexis Tsipras, no âmbito dos compromissos assumidos com os credores internacionais do país.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, defendeu, no parlamento, no domingo, que o sistema aprovado na véspera da reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, é "sustentável, sem afetar as pensões principais", e prometeu que, para mais de dois milhões de reformados, não haverá um único euro de corte na pensão.
A legislação proposta pelo Governo grego compõe-se de reformas das pensões, dos impostos diretos e dos indiretos, que permitirão economizar 5.400 milhões de euros por ano, para conseguir em 2018 um 'superavit' primário de 3,5 por cento do produto interno bruto (PIB), como prevê o programa do terceiro resgate.
Entretanto, Christine Lagarde, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), um dos credores, considerou, numa carta enviada aos 19 ministros das Finanças do Eurogrupo e divulgada pelo Financial Times, que o plano de austeridade imposto a Atenas "não é credível" e também "não é desejável".
O Eurogrupo, em que Portugal está representado por Mário Centeno, deverá ainda abordar a possibilidade de um alívio da dívida grega, que é de 180% do PIB.
Lusa