Economia

Banco de Portugal intervém na sucursal do Banque Privée Espírito Santo

O Banco de Portugal aplicou à sucursal em Portugal do Banque Privée Espírito Santo (BPES) medidas de intervenção corretiva,  tendo nomeado dois gerentes provisórios para a entidade de forma a assegurar  a preservação dos seus ativos, informou hoje o supervisor.

As medidas em questão passam pela "proibição de concessão de crédito  e de aplicação de fundos em quaisquer espécies de ativos" e pela "proibição  de receção de depósitos", lê-se no comunicado da entidade liderada por Carlos  Costa, numa intervenção que surge depois de o regulador suíço ter revelado  hoje que iniciou o processo de insolvência do Banque Privée Espírito Santo  (cuja sede é na Suíça).  

Paralelamente, o Banco de Portugal nomeou dois gerentes provisórios,  José Castanheira e Bernardo Holstein Guedes, para a sucursal do BPES em  Portugal.  
  
"Os gerentes provisórios nomeados deverão, por determinação do Banco  de Portugal, tomar todas as medidas adequadas à preservação dos ativos da  sucursal em Portugal do BPES e ao cumprimento do disposto no artigo 54.  do Regime Geral das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras  (RGICSF)", lê-se no documento.  
  
O supervisor explicou que as medidas adotadas "visam garantir que a  sucursal do BPES mantém uma posição de liquidez que lhe permita fazer face  ao reembolso dos depositantes".  
  
Isto, apesar de os depósitos confiados à sucursal portuguesa do BPES  estarem garantidos pela lei suíça.  
  
Lusa

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