Economia

Juíza luxemburguesa decide futuro do Espírito Santo Financial Group a 6 de outubro

A juíza luxemburguesa que foi nomeada pelo Tribunal do Comércio do Luxemburgo para liderar o processo de gestão controlada do Espírito Santo Financial Group (ESFG) vai tomar uma decisão sobre o futuro da empresa a 6 de outubro.

As ações do banco agora liderado por Vítor Bento voltaram a bater o  mínimo histórico, no dia em que a instituição vai divulgar os resultados  da atividade durante os primeiros seis meses do ano. 
© Rafael Marchante / Reuters

"Aguarda-se que o juiz tome a sua decisão sobre a ESFG no dia 6 de outubro  de 2014", lê-se num comunicado hoje divulgado pelo ESFG, o principal acionista  do Banco Espírito Santo (BES), no qual confirma que a empresa foi admitida  em gestão controlada pelo tribunal luxemburguês, país onde tem sede. 

Assim, o futuro da ESFG está nas mãos da vice-presidente do Tribunal  do Comércio do Luxemburgo, Anick Wolff, que foi hoje nomeada para entregar  ao tribunal um relatório sobre a situação da 'holding' do Grupo Espírito  Santo (GES), depois de aceite o pedido de gestão controlada. 

"A gestão controlada é possível nas circunstâncias em que se abre uma  perspetiva para o negócio da empresa que se encontra atualmente em dificuldades  e incapaz de cumprir as suas obrigações, de modo a ser reestruturada", segundo  o comunicado da ESFG disponível na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários  (CMVM). 

O documento acrescenta que "este procedimento facilitará uma transferência  ordeira dos ativos no melhor interesse de todos os credores" e que "conforme  as regras, todos os procedimentos ou atos, mesmo os iniciados por credores  privilegiados (incluindo credores sob benefício de garantias ou com penhoras)  estão suspensos". 

O ESFG, que passou a estar a partir de hoje em gestão controlada sob  a alçada da lei luxemburguesa, depois de ter apresentado um pedido nesse  sentido a 24 de julho, admitiu que "a razão deste pedido de gestão controlada  provém do reconhecimento da incapacidade da companhia em cumprir as suas  obrigações para com o programa de papel comercial e outras obrigações da  empresa". 

Na prática, a juíza Anick Wolff vai ao longo dos próximos dois meses  (e alguns dias) analisar a viabilidade do ESFG. E tomará uma decisão sobre  a possibilidade de a empresa continuar ativa após um processo de reestruturação  ou, caso considere que tal é impossível, pode ditar a sua liquidação. 

Lusa

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