Economia

Governo aprova proposta para reintroduzir cortes salariais de 2011

O Governo aprovou hoje uma proposta de lei para  reintroduzir temporariamente os cortes entre 3,5% e 10% aplicados aos salários  do setor público superiores a 1500 euros introduzidos em 2011 e que vigoraram  até 2013.  A ministra das Finanças espera que medida entre em vigor "tão depressa quanto possível".

(Lusa)
ANDRÉ KOSTERS

No diploma hoje aprovado em Conselho de Ministros, o Governo compromete-se  a começar a reverter estes cortes em 2015, devolvendo no próximo ano 20%  do seu valor.

A aplicação da medida não está dependente do Governo. "Depende da duração do processo legislativo. Esta é uma proposta de  lei, a seguir à discussão com os sindicatos terá ainda de ser remetida à  Assembleia da República, o que tem os seus tempos próprios. A nossa proposta  é que seja no mês seguinte à da publicação da  lei. O que demorará o seu tempo", disse a ministra das Finanças, Maria Luís  Albuquerque num briefing com jornalistas a seguir à reunião do Conselho  de Ministros. 

Esta proposta de lei inclui ainda a integração das carreiras subsistentes  e dos cargos, carreiras e categorias dos trabalhadores na tabela remuneratória  única (TRU), segundo um comunicado do Conselho de Ministros. 

Em resposta aos jornalistas, Maria Luís Albuquerque admitiu ainda que  a reposição dos cortes "não é suficiente para cobrir a diferença orçamental"  que foi criada pelas decisões do Tribunal Constitucional (TC).  A ministra remeteu para mais tarde a aprovação de restantes medidas  destinadas a compensar as medidas do Orçamento do Estado para este ano chumbadas  no final de maio pelo TC. 

Estes cortes progressivos nos salários do setor público foram introduzidos  pelo anterior executivo do PS através do Orçamento do Estado para 2011 e  mantidos pelo atual Governo PSD/CDS-PP até ao ano passado.  

No Orçamento do Estado para 2014, o Governo substituiu-os por cortes  entre 2,5% e 10% aplicados aos salários do setor público a partir dos 675  euros - que no dia 30 de maio foram declarados inconstitucionais pelo Tribunal  Constitucional.

Com Lusa

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