Economia

Seguro acusa Passos de esconder-se perante "maus" resultados económicos

O secretário-geral do PS acusou hoje o primeiro-ministro  de estar escondido dos portugueses no momento em que o país conhece indicadores  económicos desfavoráveis e de estar envolvido na maior manobra de propaganda  que há memória em democracia.

António José Seguro falava no final de um comício do PS, que encheu o auditório do Instituto da Juventude de Leiria, após intervenções do cabeça-de-lista socialista às eleições europeias, Francisco Assis, e do secretário-geral  da UGT, Carlos Silva. 

"O dia 25 de maio é um dia terrível para Portugal. Hoje, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicaram que a economia portuguesa  voltou a cair", referiu, antes de aludir ao facto de dois dos maiores bancos  europeus terem anunciado que vão encerrar as operações em Portugal e de estar a subir o desemprego jovem no país. 

"Infelizmente, estes indicadores mostram que o país está pior, embora  a propaganda do Governo não diga isso. Hoje é altura de perguntar ao primeiro-ministro  onde ele anda e que satisfação tem a dar aos portugueses, porque é nos momentos  de dificuldade que a liderança é necessária", sustentou o secretário-geral  do PS. 

António José Seguro avançou depois com uma possível explicação para  a ausência de qualquer comentário de Pedro Passos Coelho em relação aos  mais recentes dados do INE. 

"Nós percebemos por que razão o primeiro-ministro se esconde. É porque  ele não tem nada para dizer de verdadeiramente positivo aos portugueses.  Este primeiro-ministro apenas está envolvido na maior ação de propaganda  eleitoral de que há memória em democracia - propaganda própria de um Governo  que não tem resultados para apresentar, que tem uma política errada, que  engana os portugueses e que a cerca de dez dias das eleições europeias apenas  tenta passar entre os pingos da chuva", acusou Seguro. 

O secretário-geral do PS afirmou depois ser sua convicção de que, no próximo dia 25, "os portugueses vão fazer justiça e vão ajustar contas com  um Governo que prometeu uma coisa e fez outra". 

Neste contexto, Seguro lançou um ataque direto ao primeiro-ministro:  "É inaceitável continuarmos a ser governados por um primeiro-ministro que  engana e que não honra a sua palavra". 

"Merecemos ter um Governo que não nos engana e não nos mente", acrescentou.

Nas primeiras intervenções da noite, o presidente da Federação de Leiria  do PS, João Paulo Pedroso, rejeitou as críticas do PSD de despesismo aos  governos socialistas. 

"Aqui, em Leiria, é o PS quem está a pagar o despesismo de décadas de  gestão autárquica do PSD", acusou. 

Depois de João Paulo Pedrosa, a candidata do PS às eleições europeias,  Célia Afra (que está em 14 lugar), disse sentir-se honrada por fazer parte  da "primeira lista paritária da história da democracia portuguesa".

Lusa

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