Economia

China financia em 90% linha férrea de Nairobi a Mombaça

Diferentes líderes africanos e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, acordaram hoje a construção de uma linha férrea entre Nairobi e Mombaça, que será financiada em 90% por Pequim.

A construção desta linha férrea de 609 quilómetros unirá Nairobi à cidade  costeira de Mombaça, e está orçada em mais de 3.500 milhões de dólares (AP)
Thomas Mukoya

Esta nova ferrovia tem como objetivo melhorar o comércio na região e  visa criar uma rede de transporte mais rentável e eficaz, tanto para passageiros  como para mercadorias, e deverá tornar o Quénia num centro de negócios competitivo  para a África oriental, noticia a Efe. 

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e o Presidente do Quénia, Uhuru  Keyatta, assinaram hoje o acordo, depois de uma reunião na qual também participaram  os Presidentes do Uganda, Yoweri Museveni, do Ruanda, Paul Kagame, e o do  Sudão do Sul, Salva Kiir. 

A construção desta linha férrea de 609 quilómetros unirá Nairobi à cidade  costeira de Mombaça, e está orçada em mais de 3.500 milhões de dólares.

Segundo informa na sua conta na rede social Twitter o Presidente queniano,  90% do seu custo é financiado pelo Governo de Pequim e o restante pelo Quénia.

"A nossa cooperação com África baseia-se no respeito, igualdade e no benefício mútuo", destacou Li, que se encontra desde sábado em vista oficial  ao Quénia, depois de ter estado na Etiópia, Nigéria e Angola. 

Para Kenyatta, esta nova linha "revolucionará a economia da região e  reafirmará o estatuto do Quénia como centro económico". 

A nova linha permitirá viajar até ao Ruanda e ao Sudão do Sul, e complementará  uma rede de bitola estreita que se liga ao Uganda. 

Segundo a Efe, esta nova ferrovia irá reduzir os custos do comércio  entre os países africanos, onde as más condições das estradas e a velha  rede ferroviária dificultam o transporte. 

O Governo de Nairobi, a construção da nova ferrovia inicia-se em outubro  próximo e estará finalizada em menos de quatro meses. 

O Presidente do Uganda, que falou em nome dos chefes de Estado presentes,  agradeceu o investimento e destacou que a China "está comprometida com o  povo africano desde 1949 na luta anticolonial". 

Lusa

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