Economia

Eurostat confirma que Portugal registou défice de 4,9% e dívida de 129% em 2013

O défice português caiu em 2013, face ao ano anterior, para os 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e a dívida pública atingiu os 129%, mantendo a trajetória ascendente dos últimos anos, revela o Eurostat.

Não fosse esta redução acentuada e, no geral, os encargos até teriam subido, já que os custos das PPP ferroviárias da Segurança e da Saúde aumentaram.
Francisco Seco

Os números hoje divulgados pelo gabinete oficial de estatísticas da  União Europeia confirmam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE),  publicados há três semanas. 

Segundo o Eurostat, o défice público em Portugal no ano passado foi  de 4,9%, o que representa uma descida de 1,5 pontos percentuais face aos  6,4% registados em 2012, enquanto a dívida pública aumentou 4,9 pontos percentuais,  de 124,1% em 2012 para 129%. 

Desta forma, Portugal é, a par da Eslovénia, Grécia, Irlanda, Espanha,  Reino Unido, Chipre, Croácia, França e Polónia, um dos dez países da União  Europeia que mantêm um défice superior a 3% e um dos dezasseis com um rácio  de dívida pública acima de 60% do PIB. 

O Luxemburgo foi o único país entre os 28 a alcançar um excedente (0,1%)  e a Alemanha ficou numa situação próxima do equilíbrio, tendo sido a Eslovénia  a registar o maior défice público em 2013, com 14,7%. 

A Grécia foi o Estado-membro com a dívida pública mais elevada (175,1%  do PIB) e a Estónia com o valor mais baixo (10%). 

Já em relação ao conjunto da zona euro e da União Europeia, o défice  baixou em termos absolutos em 2013, passando de 3,7% para 3% e de 3,9% para  3,3%, respetivamente, enquanto a dívida pública aumentou nas duas áreas.

O rácio de dívida pública dos países da moeda única aumentou de 90,7%  em 2012 para 92,6% em 2013 e de 85,2% para 87,1% na União Europeia. 

A 31 de março, a Comissão Europeia tinha considerado que que o valor  do défice orçamental de Portugal em 2013, de 4,9%, divulgado então pelo  INE, é uma "notícia bem-vinda".  

Numa declaração à Agência Lusa, Simon O'Connor, porta-voz dos Assuntos  Económicos, comentou que se trata de "uma notícia bem-vinda, e em linha  com a estimativa" da ?troika' avançada a 28 de fevereiro, após a 11. missão  regular de avaliação do programa de assistência financeira a Portugal, que  apontava para um défice de 4,5% do Produto Interno Bruto, excluindo o impacto  da recapitalização do Banif, que representou 0,4% do PIB.

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