Em comunicado, o Metropolitano de Lisboa admitiu que o serviço deve estar suspenso entre as 06:30 e as 09:30 e prevê que a circulação esteja normalizada a partir das 10:00 em todas as linhas.
Durante este período, a Carris vai reforçar algumas das suas carreiras coincidentes com os eixos servidos pelo metropolitano, nomeadamente as 726 (Sapadores-Pontinha Centro), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação Damaia).
Esta é a segunda greve parcial que os trabalhadores do metro realizam esta semana, tendo a primeira ocorrido na terça-feira e levado ao encerramento das estações até às 10:00.
Na quarta-feira, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) marcou uma nova greve parcial para 28 de novembro, também entre as 05:30 e as 09:30 para a generalidade dos trabalhadores e entre as 08:00 e as 12:30 para os trabalhadores administrativos e técnicos superiores.
"Com mais esta luta, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa demonstram ao Governo que não se vergam perante a brutal ofensiva que estão a sofrer e, mantêm, toda a disponibilidade para continuarem a luta até à reposição dos roubos que o Governo está a impor", lê-se numa nota divulgada no site da Fectrans.
Entre os motivos para estas paralisações está o decreto-lei 133/2012, que "pretende abrir as portas à concessão da empresa e, uma vez mais, reduzir trabalhadores, reduzir os seus direitos e reduzir a sua remuneração", afirmou a sindicalista Anabela Carvalheira.
Os funcionários do Metropolitano de Lisboa vão, também, contestar as propostas do Orçamento de Estado para 2014, que "visam uma vez mais os trabalhadores do setor empresarial do Estado, com cortes brutais, encaminhando estes trabalhadores para uma situação insustentável", acrescentou a sindicalista.
Além dos trabalhadores do metro, também os trabalhadores de outras empresas públicas de transportes agendaram ações de luta contra o OE para os próximos dias.
Na rodoviária Carris, os trabalhadores vão fazer greve parcial de 01 a 07 de dezembro e greve ao trabalho suplementar durante todo o mês.
Na Transtejo, que assegura as ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul, os trabalhadores param a 25 de novembro, os da Soflusa param no dia seguinte entre as 10:00 e as 16:00 para realizarem um plenário e os da STCP, no Porto, também marcaram uma paralisação para o dia 26.
Os trabalhadores dos CTT vão estar em greve a 29 de novembro e nos dias 27, 30 e 31 de dezembro.
Lusa