Depois de a Proteção Civil portuguesa ter anunciado hoje que iria pedir o apoio do Mecanismo Europeu de Proteção Civil perante a atual situação operacional em Portugal, o porta-voz para a Cooperação Internacional, Ajuda Humanitária e Resposta a Crises da Comissão Europeia confirmou à Lusa que o Centro de Monitorização e Informação recebeu o pedido e "está a seguir de perto a situação e em contacto regular com as autoridades portuguesas".
"A informação foi partilhada com os Estados-membros e outros países participantes do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia" e os países vão agora "avaliar se podem oferecer a assistência requerida", disse David Sharrock.
Na nota hoje divulgada, a Proteção civil adiantou que às 12:00 estavam ativos nove incêndios em Portugal, que mobilizavam 1.711 operacionais, 489 veículos e 13 meios aéreos.
O incêndio que era considerado mais preocupante lavrava na freguesia de Ribeira do Fárrio, no concelho de Ourém, sendo combatido por 504 operacionais, ajudados por 151 veículos e quatro meios aéreos.
De acordo com a Proteção Civil, no domingo registaram-se em Portugal continental 324 incêndios florestais, que obrigaram ao empenhamento de 7.915 operacionais e 2.146 veículos e 86 missões aéreas.
Até dia 06 de setembro preveem-se condições meteorológicas altamente propícias à propagação de incêndios florestais, com baixa humidade relativa, associada a vento de nordeste quente e seco e moderado a forte com intensidades que podem ser da ordem dos 40 quilómetros/hora nas terras altas, com subida dos valores de temperatura máxima superiores a 30C.
Mais uma vez, as autoridades alertam todos os cidadãos para que não utilizem fogo nos espaços rurais, nomeadamente através da realização de queimadas ou fogueiras para recreio ou confeção de alimentos, lançamento de balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes, por exemplo.
Lusa