No dia em que Rui Costa decidiu colocar um ponto final na ligação de Bruno Lage ao clube da Luz, João Noronha Lopes, um dos sete candidatos à presidência do Benfica, acusa, em entrevista à SIC, Rui Costa, atual presidente do clube, de não ter um projeto desportivo para o Benfica, algo que não acontecerá, garante, se for eleito no dia 25 de outubro.
O candidato entende que o despedimento de Bruno Lage "acaba por ser o corolário daquilo que tem sido a má gestão de Rui Costa".
"Rui Costa é um presidente que não sabe ganhar, não sabe gerir e não sabe defender o Benfica. Esta direção é a direção do um em quatro. Ganhou um campeonato em quatro, apresentou um ano de resultados positivos em quatro e, no meio disto tudo, tem sido de uma enorme incompetência na gestão do futebol", acusa.
Depois de referir que o Benfica tem sido "um carrosel de treinadores" nos últimos anos, João Noronha Lopes aponta que o "problema não está nos técnicos" que têm passado pelo clube, mas sim no presidente.
Se fosse presidente das 'águias', revela, teria um projeto desportivo para o clube "assente em três pilares": estabilidade, ambição e competência", sem esquecer, acrescenta, a importância de ter junto de si "as pessoas certas no lugar" e com "uma ideia de longo prazo".
Saída de Bruno Lage "era inevitável"
E o que pensa o candidato à liderança do emblema lisboeta sobre o despedimento do técnico?
"Acho que era inevitável, não só pela qualidade exibicional da equipa, como também porque o Benfica perder com o sétimo classificado campeonato do Azerbaijão, obviamente, que é um resultado que não é aceitável e, portanto, não fiquei surpreendido."
Sobre o treinador que deverá ocupar o lugar de Bruno Lage, José Mourinho, João Noronha Lopes não tem dúvidas da qualidade do português e garante que aquilo que fará, se chegar à liderança, "é trabalhar com ele se ele for o treinador do Benfica".
Por considerar que o clube que defende "não pode ter nem aventureiros nem amadores", o candidato garante ter preparado um projeto ambicioso com pessoas, como Nuno Gomes e Vítor Paneira, "que sabem aquilo que vão fazer".
"Todos são complementares entre eles e todos já estão a falar há algum tempo. Portanto, as pessoas não caem de paraquedas. Fui eu que as escolhi e sou eu que estou a trabalhar em conjunto com elas", completa.
Pedra basilar do seu plano para o futuro do emblema será a formação, acompanhada de um "scouting inteligente", que deverá ter um peso considerável, na sua ótica, na equipa principal.
"Tenho um contrato para apresentar ao Bernardo Silva"
Um dos trunfos que tem na manga para o próximo dia 25 de outubro é a contratação de Bernardo Silva, internacional português que pertence aos quadros do Manchester City.
"Eu tenho um contrato para apresentar ao Bernardo Silva. O Bernardo Silva é um grande jogador, é um dos melhores médios do futebol mundial, mas além disso é alguém que traz com ele a mística, a entrega, a garra e é um benfiquista como nós, que sofre como nós e que vive o Benfica como nós e, portanto, será sempre alguém que simboliza aquilo que os benfiquistas gostam de ver num jogador de futebol", diz.