Desporto

Para além da goleada dentro de campo, clássico do Dragão fica marcado pela violência nas bancadas

Durante o clássico entre FC Porto e Benfica no Estádio do Dragão, ocorreram graves incidentes nas bancadas. A Associação Portuguesa de Defesa do Adepto criticou a ação policial, considerando-a desproporcional.

Rui Carlos Teixeira

José Vaio

Francisco Carvalho

Nas bancadas do Dragão, o clássico foi tudo menos um espetáculo desportivo. Uma tocha atirada por adeptos benfiquistas atingiu a bancada onde estavam adeptos do FC Porto, incluindo crianças, e minutos depois, uma das claques portistas envolveu-se em confrontos com a polícia, que chegou a disparar balas de borracha.

Nos minutos finais da primeira parte, a força de intervenção foi chamada à bancada norte do estádio do Dragão. Aos confrontos com elementos da claque Coletivo 95, a polícia respondeu com o disparo de balas de borracha.

A ação da polícia já foi criticada pela Associação Portuguesa de Defesa do Adepto, que pediu a intervenção da Inspeção-Geral da Administração Interna, por considerar que os disparos à queima-roupa foram desproporcionais e perigosos, colocando em causa a integridade física dos adeptos.

A ira da claque portista terá sido motivada pelo que aconteceu minutos antes, na zona reservada à equipa visitante.

Os adeptos do Benfica entoaram insultos ao antigo presidente Pinto da Costa, rebentaram petardos e acenderam várias tochas, com as quais incendiaram uma tarja do FC Porto.

Pelo menos uma tocha ultrapassou a rede de proteção e caiu na bancada inferior, onde estavam adeptos da casa, incluindo famílias com crianças.

Imagens de violência nas bancadas, ao mesmo tempo que no relvado decorria um clássico do futebol português.

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