Pelo meio da multidão que ocupava o exterior da Igreja das Antas, a equipa de futebol, que no domingo tinha estado no velório, voltou esta segunda-feira para o funeral. Jogadores e treinadores chegaram em silêncio ao lado dos atletas de várias outras modalidades do FC do Porto.
As figuras ligadas ao desporto eram a maioria, mas o poder político, atual e antigo, também não faltou à última homenagem a Pinto da Costa.
“Jorge Nuno Pinto da Costa não é apenas um homem do futebol. Ele também é um homem do futebol., mas é um homem de todos os desportos. É um homem que manifestamente se empenhou em valorizar a cidade do Porto, em valorizar a região norte, com um bairrismo assinalável”, disse o primeiro-ministro.
Elogios que se foram repetindo ao longo de toda a manhã por quem lidou de perto, em diferentes épocas e diferentes contextos com o presidente que mais títulos conquistou no futebol mundial.
“Um dia muito triste para a minha família porque privámos muitas vezes com ele. E além de um presidente, como disse um grande amigo de casa”, diz Domingos Paciência.
Mas a manhã ficou marcada, também, por críticas ao silêncio oficial de Benfica e Sporting à morte de Pinto da Costa.
“Estou magoadíssimo com o Benfica e com o Sporting porque não têm de respeitar se não quisessem o homem, mas tinham de respeitar a instituição FC Porto", diz Rodolfo Reis, antigo jogador do FC Porto
Instituição que Pinto da Costa liderou durante 42 anos. Um recorde mundial difícil de igualar.