Pedro Proença apresentou esta segunda-feira o programa com que se candidata à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), no qual aponta à profissionalização do setor da arbitragem e admite que a Supertaça pode disputar-se no estrangeiro.
"Uma federação forte não se faz com arbitragem fraca ou disciplina incompreensível. Quando se entra em campo para competir no topo da nossa pirâmide, há 22 jogadores profissionais, suplentes profissionais e profissionais do treino e da medicina à volta do campo. Depois, há quatro que parecem ser, mas não são totalmente profissionais. E, a tudo isto, somamos quem está no videoárbitro. Este mandato a que me candidato não terminará sem uma profissionalização absoluta do setor da arbitragem", garantiu.
O ex-árbitro e atual presidente da Liga considera que a evolução passa pela "implementação de um modelo empresarial para a gestão desse setor", que está "sequioso dessa serenidade, reconhecimento e visão", corporizada numa Direção Técnica Nacional de Arbitragem, um órgão que pretende implementar na federação.
"Só com uma arbitragem totalmente profissional, uma disciplina dedicada a 100% e as duas absolutamente autónomas de interferências de outros órgãos federativos se constrói o respeito que é há muito devido e para o qual não estamos todos a fazer o que podemos."
Supertaça pode passar a ser no estrangeiro
Proença, que já tinha falado na possibilidade de realizar a 'final four' da Taça da Liga fora do país, revelou que pretende a Supertaça nesses moldes.
"Portugal não vai excluir do seu campo de possibilidades a disputa no estrangeiro de alguma das suas provas, nomeadamente uma Supertaça totalmente relançada no nosso calendário desportivo", realçou, prometendo globalizar os clubes portugueses.
As eleições na FPF realizam-se a 14 de fevereiro. Pedro Proença e Nuno Lobo, atual presidente da Associação de Futebol de Lisboa, são os dois candidatos à sucessão de Fernando Gomes.
Com Lusa