O treinador do Benfica, Roger Schmidt, admite que ficou chocado com os protestos dos adeptos encarnados, logo na primeira época na Luz. À entrada para a nova época, o técnico alemão elogia os jogadores já contratados e considera que a equipa está preparada para lutar pelo título.
As 'águias' partem para a nova temporada com confiança. Quem o diz é Roger Schmidt.
No programa 'Mística a Dois', da Benfica Play, Schmidt esteve à conversa com Toni, antiga glória do clube, e abordou vários temas.
Um deles foi a contestação dos adeptos, que subiu de tom na época passada, mas o técnico alemão relembra que também teve de lidar com protestos logo na primeira temporada na Luz, que terminou com a conquista do título.
Feliz pela continuidade de Di María e pelos reforços
Roger Schmidt mostrou-se feliz por Di María continuar pela sua qualidade e mentalidade e falou sobre o que os novos reforços podem aportar à equipa.
Desafiado por Toni a fazer um balanço acerca da duas primeiras semanas de treino e dos jogos de preparação da pré-época, o alemão mostrou-se satisfeito: "Acho que as duas primeiras semanas de treino foram excelentes. Gostei da motivação dos jogadores e também da qualidade. Penso que estivemos bem nos jogos amigáveis, mas claro que não foram perfeitos. Já se vê que, mesmo quando temos muitos jogadores jovens connosco nesta pré-época, somos capazes de jogar como queremos".
Schmidt abordou ainda a saída de Rafa, "um jogador com um perfil único, quase impossível de encontrar", e os reforços que o Benfica contratou para esta época, desde o ponta de lança grego Vangelis Pavlidis, ao lateral esquerdo alemão Beste ao médio Leandro Barreiro.
"O Pavlidis é um jogador que mostrou, sobretudo nas duas últimas épocas no AZ Alkmaar, que é um avançado muito completo, com muita qualidade na finalização, a marcar golos e a fazer assistências, mas também um jogador muito trabalhador. Penso que é um jogador que tem o perfil para jogar este tipo de futebol ativo e de alta pressão e o que já demonstrou nas duas primeiras semanas, que também tem a mentalidade necessária para mostrar isso em campo", afirmou o treinador alemão.
Já sobre Leandro Barreiro, considerou que se trata de um jogador "muito fiável e muito semelhante ao Florentino", e que ambos, "no que diz respeito à concentração tática, à qualidade, à força física, são capazes de jogar este tipo de futebol", uma vez que são muito bons a recuperar bolas, que é algo que é necessário na equipa para criar o equilíbrio certo".
Reconhece que são necessários alguns artistas, alguns jogadores que "façam a diferença no ataque", mas, ao mesmo tempo, realça a necessidade de a equipa ter jogadores que "ofereçam a estabilidade necessária para jogar um bom futebol tático".
Finalmente, traçou o perfil do seu compatriota Niklas Beste: "É um jogador que jogou as duas últimas épocas a um nível muito elevado, tem um pé esquerdo fantástico na finalização, nas bolas paradas, nos cruzamentos, e é muito poderoso também nos 'sprints' e nas corridas de alta intensidade. Acho que estes jogadores são capazes de jogar o futebol que nós queremos jogar. Foi por isso que os escolhemos para o Benfica".