Desporto

Luis Rubiales vai ser julgado por beijo a Jenni Hermoso

A justiça espanhola rejeitou o recurso apresentado pelo ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol. O Ministério Público pede dois anos e meio de prisão e quer que Rubiales fique proibido de se aproximar da jogadora e de trabalhar na área desportiva.

Marc Atkins

SIC Notícias

Luis Rubiales vai mesmo ser julgado pelo beijo forçado à jogadora Jenni Hermoso, na final do Mundial de futebol feminino, vencido pela Espanha, em agosto de 2023.

A justiça espanhola rejeitou o recurso apresentado pelo ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol. Luis Rubiales está acusado de abuso sexual e coação.

Em março, o Ministério Público espanhol solicitou uma pena dois anos e meio de prisão para o antigo dirigente, além da proibição de se aproximar da jogadora e de trabalhar na área desportiva.

A EFE noticia esta segunda-feira que o tribunal, com sede em Madrid e jurisdição em todo o território espanhol, rejeitou os recursos de Rubiales e do ex-selecionador feminino de futebol Jorge Vilda, que será igualmente julgado, num processo em que também está em causa o crime de coação sobre a futebolista.

Além de Rubiales e Vilda, tinham recorrido da decisão do juiz Francisco de Jorge de levar o caso a julgamento outras duas pessoas investigadas: Albert Luque, ex-diretor desportivo da seleção, e Rubén Rivera, antigo responsável de marketing.

O juiz considerou que o beijo dado pelo ex-dirigente máximo da RFEF à jogadora, após a conquista do título mundial, na Austrália e Nova Zelândia, "não foi consentido, foi uma ação unilateral e de surpresa" e que o selecionador Jorge Vilda "exerceu pressão" sobre Hermoso.

"A finalidade erótica ou não, bem como o estado de euforia e agitação que se seguiram ao extraordinário triunfo, são elementos cujas consequências, ou consequências legais, devem ser determinadas durante o julgamento", indicou o juiz.

A argumentação foi neste sentido, face às justificações de Rubiales, quando disse que a situação ocorreu num "momento de felicidade, de grande alegria e no momento", rejeitando qualquer "conotação sexual".

Após os acontecimentos, o dirigente, que inicialmente recusou a demissão do cargo, que viria a acontecer em 10 de setembro do ano passado, disse ter sido um pequeno beijo consentido e referiu estar a ser alvo de um "falso feminismo".

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