Desporto

Peniche acolhe terceira etapa do Circuito Mundial de surf a partir de quarta-feira

Francisco Spínola, diretor-geral da Liga Mundial de Surf para a Europa, África e Médio Oriente, explica como vai funcionar a prova que tem início na quarta-feira e o porquê de ainda não existirem muitos surfistas portugueses na elite mundial.

SIC Notícias

Arranca na quarta-feira, em Peniche, a etapa portuguesa do Circuito Mundial de Surf com os portugueses Joaquim Chaves, Francisca Vezelko e Frederico Morais em competição. Francisco Spínola, diretor-geral da Liga Mundial de Surf para a Europa, África e Médio Oriente, debruça-se sobre o surf nacional e não esquece de enaltecer os feitos alcançados pelos surfistas lusos ao longo dos últimos anos.

Francisco Spínola começa por esclarecer que o vento ideal para a prática da modalidade, em Peniche, é o vento norte, algo que as previsões meteorológicas não apontam.

Explica que a prova tem um período de espera de 10 dias e que só irá acontecer durante "quatro ou quatro dias e meio". Nesse sentido, diz que a organização já está a analisar quais serão os dias em que os atletas irão surfar em águas nacionais.

O crescimento do surf português

A etapa portuguesa é a única da Europa a figurar no circuito mundial, devido às excelentes condições que o mar de Peniche oferece. Todavia, ainda não há muitos portugueses no circuito mundial. Francisco Spínola explica que este fenómeno está relacionado com o facto de o "surf de competição ser um desporto muito recente, principalmente em Portugal".

"Os nossos atletas [portugueses] estão a competir com países que têm uma tradição muito grande de surf. Ou seja, neste momento, por exemplo, o caso do Frederico Morais ele é, praticamente, a segunda geração de surfistas de competição - se é que podemos chamar de segunda geração de surfistas de competição - enquanto a Austrália, o brasil, os Estados Unidos são países em que essa tradição já existe há muitos, muitos anos. Têm campeonatos deste género há mais de 50 anos e, por isso, torna as vidas dos nossos atletas mais difíceis", explica.

Ainda assim, para o diretor-geral, "é de louvar" que os surfistas lusos tenham conseguido chegar à elite do surf mundial "em tão pouco tempo".

A meio da temporada a principal prova de surf global sofre uma redução no número de atletas. Porquê? Francisco Spínola diz que existem duas razões:

"Uma é porque cria uma competitividade extra e até uma pressão extra do ponto de vista dos próprios atletas e o interesse pela primeira metade do circuito. Por outro lado, (...) quando acontece esse corte o evento passa a poder realizar-se em três dias".

A prova de Supertubos, a terceira etapa do Circuito Mundial, tem início na quarta-feira (dia 6 de março) e termina no dia 16 de março (sábado), em Peniche.

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