Desporto

"Ainda há muito a fazer": estrelas dos EUA antecipam o Mundial feminino

Megan Rapinoe e Alex Morgan, estrelas da seleção dos EUA, falam sobre o “bom trabalho” da FIFA, mas realçam que “ainda há muito a fazer” pelo futebol feminino. Portugal vai disputar pela primeira vez a competição, que começa em três semanas.

Daniel Pascoal

As seleções femininas intensificam a preparação, quando faltam três semanas para o pontapé de saída do Campeonato do Mundo, que se realiza na Austrália e na Nova Zelândia, entre julho e agosto.

Recorde-se que este é um Mundial especial para Portugal, que participa pela primeira vez da prova após fazer história contra os Camarões em fevereiro.

As jogadoras norte-americanas, bi-campeãs do mundo e exemplos no que diz respeito à luta pela igualdade salarial, destacam a importância do campeonato e o trabalho feito ao longo dos últimos anos no desporto feminino.

“Acho que é algo especial. Parece um evento inédito, de certa forma. É o maior evento do futebol feminino no mundo, de longe”, afirma Megan Rapinoe, eleita a melhor jogadora do mundo em 2019.

Alex Morgan, uma das capitães da seleção dos Estados Unidos (que vai enfrentar Portugal em breve), admite que, “surpreendentemente”, a "FIFA fez um bom trabalho ao aumentar o valor dos prémios”.

“Ainda há muito a fazer, mas pagaram diretamente às jogadores é importante. Para algumas é um avanço enorme. Cada jogadora ter direito a 30 mil dólares é importantíssimo, pois esse dinheiro costumava ir para as federações e as jogadores não recebiam nada”.

Rapinoe lembra que “alguns países não estão tão avançados como os EUA” em relação à “atitude, normas e padrões sobre o que é aceitável”, tanto no desporto como na sociedade. A atleta sabe que “o progresso não aparece de um dia para o outro”, mas reforça a importância da luta.

Fizeram história dentro e fora do campo

Em fevereiro de 2022, as jogadores norte-americanas conseguiram um grande feito: a igualdade salarial - em relação aos futebolistas da seleção masculina - depois de uma denúncia de cinco jogadoras, que revelaram que recebiam apenas 40% do que os atletas da equipa masculina. Morgan e Rapinoe estavam entre elas.

Além do compromisso da federação, conseguiram uma compensação de 21 milhões de euros pelos anos em que receberam menos do que a seleção masculina.

Portugal prepara-se para a estreia

A seleção portuguesa qualificou-se pela primeira vez para o Campeonato do Mundo. A equipa comandada por Francisco Neto está no Grupo E, com Vietname, Países Baixos e Estados Unidos.

Veja a convocatória da Seleção Nacional:

Guarda-redes: Rute Costa, Inês Pereira e Patrícia Morais

Defesas: Ana Seiça, Carole Costa, Catarina Amado, Diana Gomes, Joana Marchão, Lúcia Alves, Sílvia Rebelo e Ana Rute

Médios: Andreia Norton, Andreia Jacinto, Dolores Silva, Fátima Pinto, Francisca Nazareth e Tatiana Pinto

Avançados: Ana Borges, Ana Capeta, Carolina Mendes, Diana Silva, Jéssica Silva e Telma Encarnação

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