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Presidente da FIFA ameaça deixar Europa sem transmissão do Mundial feminino

Este é o primeiro Mundial em que a Seleção Nacional vai estar presente. E Portugal, assim como outros países, ainda não tem os direitos da competição. O presidente da FIFA contesta os valores oferecidos.

SIC Notícias

A pouco mais de dois meses do Campeonato do Mundo de futebol feminino, a FIFA ainda não fechou grande parte da transmissão dos direitos televisivos. O presidente da instituição, Gianni Infantino, deixou uma ameaça à Europa.

Este é o primeiro mundial em que a Seleção Nacional vai estar presente. E Portugal, assim como os países do big-five do futebol europeu (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França), ainda não tem os direitos da competição.

O presidente da FIFA contestou os valores oferecidos pelas televisões e disse que a organização já deu “o primeiro passo”.

“Na FIFA demos o primeiro passo, aumentando de forma significativa o prémio monetário. O nosso objetivo é alcançar a igualdade no próximo mundial”, garantiu Infantino.

“Os canais, sobretudo os públicos, deviam por em prática o que dizem, pois criticam com razão as organizações do futebol por não remunerarem as mulheres e os homens da mesma forma. (…) Nós temos de geras essas receitas e eles deviam ajudar. Caso contrario, não poderemos vender os direitos abaixo do valor estimado”, esclareceu o presidente da FIFA.

Valores chegam a ser 100 vezes inferiores

Apesar do Campeonato do Mundo feminino ter cerca de metade da audiência do Mundial masculino, as ofertas dos principais países europeus são 10 a 100 vezes inferiores, segundo Gianni Infantino.

Não entendo como canais alemães oferecem 30 ou 40 vezes menos do que para o Mundial masculino. (…) Na Itália, o meu país, que nem se qualificou para o Mundial masculino, oferecem um valor 100 vezes menor”

Na Alemanha, por exemplo, a final do Mundial feminino foi mais vista do que os jogos da seleção no Mundial do Qatar.

Competição não vai ser em horário nobre

As operadoras televisivas alegam que um dos problemas passa pelo horário dos jogos. Como o Campeonato do Mundo vai decorrer na Nova Zelândia e Austrália, a diferença horária vai fazer com que muitos dos jogos sejam transmitidos de madrugada.

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