Os argumentistas de Hollywood chegaram a um princípio de acordo com os principais estúdios de televisão e cinema. Pode ser o primeiro passo para terminar a greve inédita de cinco meses de greve que está a paralisar a industria. A iniciativa mereceu a atenção do Presidente Joe Biden.
"Aplaudo a WGA (Writers Guild of America) e a AMPTP (Alliance of Motion Picture and Television Producers) por terem alcançado um acordo provisório que permitirá aos escritores voltar a contar as histórias da nossa nação, do nosso mundo e de todos nós", disse, através do Twitter, o Presidente dos Estados Unidos.
Ainda é provisório, mas pode ser o primeiro sinal de que estas reivindicações foram ouvidas e de que pode estar perto o fim de vários meses de contestação dos argumentistas de Hollywood
O acordo logo gerou uma onda de reações nas ruas e nas redes sociais, com vários profissionais a congratular-se com os resultados de vários meses de braço de ferro com os principais estúdios de televisão e cinema norte-americanos.
“Pensam que somos milionários”
Os profissionais querem "salários justos, regulamentação da IA, apenas benefícios básicos", diz o escritor Austin Curreri.
"Estamos a pedir muito pouco. Estamos a pedir 2% dos lucros. Acho que, quando as pessoas pensam nos argumentistas, pensam que somos milionários e que vivemos em mansões. Confundem-nos com os donos dos estúdios", afirma Dani Fernandez, argumentista e atora.
A paralisação dos escritores e argumentistas começou em maio e estima-se que já tenha custado cerca de 4,7 mil milhões de euros.
Teve impacto em várias áreas do cinema e da televisão e levou à suspensão de várias produções norte-americanas que poderão regressar com o acordo agora alcançado, válido durante três anos.