Cultura

Teatro S. João abre temporada com programa especial para o 25 de Abril e sete estreias

Em 2024, vai haver uma programação especial para comemorar os 50 anos do 25 de Abril, com "Fado Alexandrino", "O 25 de Abril nunca aconteceu", e as "Grandes comemorações oficiosas do período histórico habitualmente conhecido como PREC".

Teatro São João, no Porto

Lusa

SIC Notícias

A nova temporada do Teatro Nacional São João (TNSJ), no Porto, abre com sete estreias, arrancando no dia 11 com "O Canto do Cisne", de Tchékhov, da Seiva Trupe, e anuncia programação para celebrar os 50 anos do 25 de Abril.

"Nós abrimos, acho eu, de uma maneira bastante forte, abrimos com uma produção própria, um Tchecov, com o Júlio Cardoso, uma coprodução com a Seiva Trupe, uma reflexão sobre o que é o teatro, uma reflexão sobre o que é a memória e ao mesmo tempo abrimos com um olhar sobre Moçambique, pelas palavras de Mia Couto, pela mão do Vítor Oliveira (...). Nesse sentido, a quadratura é uma espécie de aperitivo para o 25 de Abril", declarou, em conferência de imprensa, Nuno Cardoso, recordando que Júlio Cardoso se estreou como ator, quando "Norton de Matos andava por aí", atravessando a ditadura.

"O Canto do Cisne", um dos clássicos do dramaturgo russo Anton Tchékhov, é a peça de estreia com que o Teatro Nacional São João inicia a temporada de espetáculos 2023/2024 e pode ser vista na Sala Estúdio Perpétuo até 17 de setembro.

"Vamos começar sem nostalgia pelo final do verão, porque quando o teatro reabre é a primavera", declarou Pedro Sobrado, presidente do Conselho de Administração, durante a conferência de imprensa que decorre no TNSJ para apresentar a programação dos próximos quatro meses, com destaque para a "programação comemorativa para os 50 anos do 25 de Abril".

"O Salto", com texto e encenação de Tiago Correia, uma coprodução da companhia A Turma, com o Teatro São Luiz, em Lisboa, e o TNSJ, é a segunda estreia da nova temporada. A peça será apresentada pela primeira vez no dia 21 de setembro, no Teatro Carlos Alberto (Porto).

A 5 de outubro estreia-se a peça "Bantu", com a direção artística de Vitor Hugo Pontes, uma coprodução do Teatro da Didascália, da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão e do TNSJ.

No mês de novembro há três estreias: no dia 2, "Salomé", de Óscar Wilde, com encenação de Mónica Cale; no dia 9, "A Ascensão de Arturo Ui", de Bertolt Brecht, com encenação de Bruno Martins; e, no dia 23, é a estreia da peça "Maria Coroada", um texto de João Garcia Miguel, com direção de Amândio Anastácio e João Garcia Miguel.

Em dezembro, a nova temporada do TNSJ vai estrear no dia 7 a peça "Um Sonho", de August Strindberg, com encenação de Bruno Bravo.

Em 2024, o TNSJ vai ter três produções próprias e uma programação especial para comemorar os 50 anos do 25 de Abril, com "Fado Alexandrino", de António Lobo Antunes, e os espetáculos "O 25 de Abril nunca aconteceu", de Ricardo Alves que se estreia a 11 de abril de 2024, no Teatro Carlos Alberto, e as "Grandes comemorações oficiosas do período histórico habitualmente conhecido como PREC", de Gonçalo Amorim e Rui Pina Coelho, com estreia agendada para 3 de outubro.

Além de "O Canto do Cisne", que abre a temporada, as produções próprias do TNSJ, em 2024, contam com a dramatização do romance "Fado Alexandrino", de António Lobo Antunes, por Nuno Cardoso, a estrear em abril, no âmbito das celebrações dos 50 anos da queda da ditadura.

A terceira produção própria do TNSJ chega quase a fechar a temporada, com a escritora e encenadora Patrícia Portela a dirigir o diretor artístico, Nuno Cardoso, em "Os Homens Hediondos", num monólogo a partir da obra de David Foster Wallace, e que se estreia a 20 de junho, no Teatro Carlos Alberto.
Para Nuno Cardoso esta é uma programação tranquila, "sem a covid 19" e "sem pontas soltas" em que o TNSJ teve a porta aberta "sem muitos sobressaltos", permitindo crescimento na programação.

Além da programação, o diretor artístico referiu, por outro lado, o trabalho do Centro Educativo, que continua o seu trabalho "em surdina", e destacou a peça sobre a história de amor "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá", a partir de Jorge Amado, com encenação de António Afonso Parra, que subirá ao palco do Teatro Carlos Alberto no dia 12 de dezembro.

As estreias foram anunciadas na terça-feira, em conferência de imprensa, no Teatro Nacional de São João com a presença de Pedro Sobrado, presidente do Conselho de Administração, e de Nuno Cardoso, diretor artístico da instituição cultural.

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