Cultura

Parlamento recorda Luís Aleluia, "um dos atores portugueses mais acarinhado pelo público"

Assembleia da República aprovou por unanimidade um voto de pesar pela morte de Luís Aleluia, um ator que “deu o melhor de si aos outros”.

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Lusa

A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira um voto de pesar pela morte do ator Luís Aleluia, que morreu na semana passada aos 63 anos, lembrando-o como "um dos atores portugueses mais acarinhado pelo público".

A iniciativa, apresentada pelo grupo parlamentar do PSD, foi aprovada por unanimidade no plenário do Parlamento.

"Luís Aleluia, um dos atores portugueses mais acarinhado pelo público é unanimemente considerado 'um homem bom e um excelente comediante' tendo sido premiado com diversas distinções sobretudo pela sua atividade de ator, mas foi também autor, encenador e produtor de espetáculos", lê-se na iniciativa.

Além de "reconhecido artista", continua o texto, "Luís Aleluia deu também o melhor de si aos outros, nomeadamente com o seu empenho e dedicação ao projeto da Casa do Artista, que é hoje uma nobre realidade na ajuda às atrizes e atores em final de carreira".

No texto lê-se que a memória de Luís Aleluia "perdurará como o 'menino Tonecas'", personagem que interpretou na série da RTP "As Lições do Tonecas" e marcou o seu percurso artístico.

"Detentor de uma longa carreira, Luís Aleluia interpretou ao longo de mais de 40 anos vários papéis de comédia, no teatro e na televisão, no entanto, como teve oportunidade de afirmar, via no drama o seu 'maior desafio'", é escrito.

Luís Filipe Aleluia da Costa nasceu em Setúbal a 23 de fevereiro de 1960, numa família separada e pobre, o que o levou à Casa do Gaiato, na terra natal, onde viveu durante sete anos, e onde aprendeu os "valores que ficam para a vida", como disse em entrevista a Manuel Luís Goucha, na TVI, em 2021, quando completava 40 anos de carreira: lealdade, fraternidade, cumplicidade, "o valor do trabalho, o respeito pela liberdade do outro".

O gosto pelo palco teve origem na infância, nos anos de 1960-1970, com as galas da Casa do Gaiato e atuações em diferentes grupos amadores, seguindo-se a profissionalização, na viragem para a década de 1980, no Teatro de Animação de Setúbal (TAS).

O maior sucesso vem de 1996, quando recuperou "As Lições do Tonecas", com o ator José Morais e Castro, na RTP, e transformou o antigo programa de rádio das décadas de 1930-1940, de José de Oliveira Cosme, numa produção de quatro temporadas e 50 episódios.

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