A estilista britânica Mary Quant morreu esta quinta-feira, aos 93 anos, confirmou fonte da família.
Distinguida por Isabel II em 2015 com o título de Dama, foi por muitos considerada a rainha da minissaia, tendo-lhe sido atribuída a autoria da criação que revolucionou a moda dos anos 1960.
Numa nota enviada à imprensa, a família da estilista adianta que Quant “morreu pacificamente, em casa, em Surrey, Inglaterra”.
Mundo da moda destaca papel de visionária
Os tributos à designer rapidamente se multiplicaram, com destaque para o contributo de Mary Quant na criação de moda mais acessível às massas.
“É impossível exagerar na forma como Quant contribuiu para a moda. Representou a rejubilante liberdade da moda dos anos 1960 e proporcionou às jovens um novo modelo a seguir. A moda de hoje deve-lhe tanto pela sua visão pioneira”, declarou o Museu Vitória e Alberto, de Londres, um dos mais destacados em design.
Mary Quant nasceu a 11 de fevereiro de 1930, em Londres. Filha de dois professores, abriu a primeira loja aos 25 anos, em Chelsea. A loja, que vendia roupa e acessórios e tinha um restaurante na cave, tornou-se num ponto de encontro de jovens e artistas.
Numa reflexão sobre a extensa carreira, a estilista destacou “a enorme diversão” que sentiu ao produzir de forma “frenética”.
“Não nos apercebemos necessariamente de que o que estávamos a criar era pioneiro. Estávamos simplesmente demasiado ocupados a aproveitar todas as oportunidades e a abraçar os resultados antes de nos lançarmos ao próximo desafio", afirmou Quant.
Mary Quant é também responsável pelo surgimento dos 'hot pants' (calções curtos), impermeáveis em plástico, maquilhagem 'caixa de pintura' e máscara de pestanas à prova de água.
"As minhas roupas acabaram por combinar perfeitamente com a moda adolescente, a pop, os cafés e os clubes de jazz", disse Mary Quant em "Quant by Quant", a sua primeira autobiografia, publicada originalmente em 1966.