Crise na Ucrânia

Comando separatista reivindica ter disparado sobre outro aparelho no mesmo momento

Um comando separatista indicou que os rebeldes  federalistas pró-russos abateram um avião de transporte militar ucraniano An-26 sensivelmente à mesma hora e na zona onde se despenhou esta quinta-feira o avião  das linhas aéreas da Malásia.

Igor Strelkov (Guirkine), "ministro da Defesa" da "República popular  de Donetsk", colocou na sua página na rede social do Facebook um vídeo que  mostra uma espessa nuvem de fumo que se eleva do local de impacto do aparelho  abatido. O vídeo é muito semelhante a imagens precedentes inseridas no Youtube  e identificadas como as da queda do avião das linhas aéreas da Malásia.

"Acabamos de abater um AN-26 perto de Snijne", escreveu às 13:37 TMG (14:37 em Lisboa).  

Snijne é uma localidade próxima do local onde o avião malaio foi abatido,  após desparecer dos radares às 13:20 TMG.

Os rebeldes pró-russos informaram de seguida que o avião malaio foi  abatido pelas forças armadas ucranianas, e denunciaram uma "provocação".  A Ucrânia já desmentiu que a sua aviação tenha efetuado disparos no dia  de hoje.

Numa primeira reação à queda do aparelho, com pelo menos 295 pessoas  a bordo, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, manifestou-se "profundamente  chocado por esta notícia dramática", ao ser informado da queda do avião,  proveniente de Amesterdão e com destino à capital da Malásia.  

A notícia da queda do aparelho foi já abordada entre o presidente russo  Vladimir Putin e o chefe de Estado norte-americano, Barack Obama, informaram  a Casa Branca e o Kremlin. 

"O Presidente russo informou o Presidente dos Estados Unidos de informações  de controladores aéreos que tinham chegado momentos antes da conversação  telefónica e que indicavam que o avião se tinha despenhado na Ucrânia",  disse o Kremlin através de comunicado. 

O aparelho, um Boeing-777 da Malaysia Airlines, que fazia a ligação  entre Amesterdão e Kuala Lumpur, desapareceu dos radares da Ucrânia a uma  altitude de 10.000 metros. 

O aparelho perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk,  perto da cidade de Shaktarsk, e palco de combates entre forças governamentais  ucranianas e rebeldes federalistas pró-russos.

Lusa

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