Crise na Ucrânia

Pelo menos 22 soldados mortos em combates na Ucrânia

Pelo menos 22 soldados ucranianos morreram, esta noite, em combates junto às cidades de Slaviansk e Kramatorsk, no leste da Ucrânia, informou hoje um porta-voz do comando das milícias separatistas pró-russas.

"Um grupo nosso atacou, junto ao aeródromo de Kramatorsk, uma coluna  inimiga, destruiu três blindados e matou 18 efetivos. Nas proximidades de  Slaviansk destruímos dois carros de combate T-64 e liquidamos quatro soldados",  disse o porta-voz das milícias à agência oficial russa RIA-Novosti. 

O mesmo responsável indicou ainda que mantêm o poder na localidade de  Seversk, nas imediações de Slaviansk e Kramatorsk, cidades que os separatistas  pró-russos abandonaram, no passado fim de semana, as quais estão atualmente  sob o controlo das forças ucranianas. 

"A situação pode descrever-se da seguinte forma: o inimigo continua  a concentrar forças em direção a Donetsk (capital da região homónima) e  nós estamos a tentar impedi-lo", explicou. 

Entretanto, em Kiev, as autoridades mostram-se otimistas em relação  ao curso das operações militares contra as milícias pró-russas, assegurando  que estão perto do seu termo. 

Os líderes separatistas "tentam apresentar a entrega de Slaviansk, nada  mais, nada menos, como uma manobra tática para manter a linha da frente,  mas na realidade foi uma retirada", afirmou, esta noite, Stanislav Rechinski,  assessor do ministro ucraniano do Interior, em declarações à televisão ucraniana,  reproduzidas pela agência Efe. 

Rechinski afirmou que "os terroristas estão nervosos" e "percebem perfeitamente  que com as forças que têm não podem manter (em seu poder) grandes cidades  como Lugansk e Donetsk nem impedir que os militares ucranianos entrem nelas".

Segundo apontou o mesmo responsável, estas duas cidades, que juntas  somam 1,4 milhões de habitantes, poderão ficar sob o controlo das forças  governamentais ucranianas no prazo de um mês. 

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