De acordo com a agência noticiosa AFP, diversas colunas de blindados e camiões de transporte de tropas avançaram na região, enquanto eram audíveis disparos consecutivos de peças de artilharia.
"As unidades do ministério da Defesa, da Guarda nacional e os batalhões de defesa territorial lançaram uma vigorosa ofensiva perto da localidade de Karlivka", apoiadas por blindados, indicou em comunicado o ministério do Interior, uma informação confirmada pelos federalistas.
"Hoje ocorreram combates em Karlivka. Destruímos dois tanques" das forças ucranianas, declarou em conferência de imprensa em Donetsk o "ministro da Defesa" da autoproclamada República Popular de Donetsk (DNR), Igor Strelkov.
"O inimigo sofreu baixas, infelizmente também tivemos baixas", acrescentou sem mais detalhes. "Prosseguem os duelos de artilharia", referiu ao início da tarde.
Na mesma conferência de imprensa, o "primeiro-ministro" da DNR, Alexandre Borodai, também manifestou determinação em "defender o território da DNR contra a ocupação".
No entanto, admitiu a possibilidade de retirada de "dezenas de milhares ou centenas de milhares" de habitantes de Donetsk, com cerca de um milhão de pessoas, face ao avanço das forças ucranianas.
Numa referência à Rússia, criticada pela sua particular discrição face aos últimos desenvolvimentos nesta região perto das suas fronteiras, Borodai assumiu a sua nacionalidade russa e assegurou ter mantido conversações construtivas em Moscovo com interlocutores que não identificou.
"A muito breve prazo aguardo a ajuda da Federação da Rússia. A Rússia já nos fornece uma ajuda colossal em voluntários ou em ajuda humanitária e penso que ainda vai aumentar", disse.
Após a sua entrada em Slaviansk no sábado, as forças lealistas tentam agora cercar Donetsk e Lugansk, os dois bastiões dos rebeldes no leste do país.
Lusa