"Enquanto a Rússia está a fazer esforços para acalmar e resolver o conflito, o regime de Kiev mobilizou forças aéreas contra localidades civis, num ataque de represália, terminando com a última esperança para a viabilização do acordo de Genebra", disse Dmitry Peskov, porta-voz do presidente Vladimir Putin, citado por agências russas.
Peskov disse ainda que o presidente russo mandou o enviado especial Vladimir Lukin para o leste da Ucrânia para ajudar a negociar a libertação da equipa de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, que foram detidos pelos rebeldes quando tentavam fiscalizar o acordo de Genebra.
O porta-voz disse que Moscovo está "extremamente preocupado" por Lukin, assim como jornalistas da Rússia e de outros países, estarem a trabalhar numa zona de conflito.
"Claro, pedimos que sejam tomadas medidas para garantir a sua segurança", disse Peskov.
A Rússia informou ainda ter exortado a OSCE a ajudar a parar a ofensiva militar ucraniana na cidade de Slaviansk, bastião dos separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.
"Contactámos a liderança da OSCE acerca da ofensiva das forças armadas (da Ucrânia) e pedimos que tomem medidas para acabar com este ataque de represália", disse Andrei Kelin, enviado russo à organização pan-europeia, à agência noticiosa ITAR TASS.
Kelin disse que Moscovo fez o pedido ao secretário-geral da OSCE, Lamberto Zannier, adiantando que este descreveu o que se passa em Slaviansk como "algo terrível" que "tem que ser travado imediatamente".
Segundo Kelin, a situação dos observadores militares capturados pelos pró-russos no leste tornou-se "mais complicada" e eles foram transferidos para "um lugar seguro".
Lusa