Crise na Ucrânia

Pelo menos um morto em tiroteio entre forças ucranianas e rebeldes em Slaviansk

Pelo menos uma pessoa morreu hoje  nos tiroteios entre forças ucranianas e rebeldes em Slaviansk, reduto dos  separatistas pró-russos, no leste da Ucrânia, disseram fontes médicas. 

Forças ucranianas em Slaviansk, reduto dos  separatistas pró-russos, no leste da Ucrânia / Reuters
© Gleb Garanich / Reuters

Blindados ucranianos romperam uma barreira de rebeldes no norte da cidade  de Slaviansk, reduto dos separatistas pró-russos, no leste do país, afirmou  um fotógrafo da agência noticiosa francesa AFP.  

A mesma fonte acrescentou ter visto cinco blindados das forças armadas  ucranianas.   

Na cidade, os funcionários da câmara "receberam ordens para abandonar  o edifício", declarou à AFP Stella Khorocheva, porta-voz do líder separatista  local Viatcheslav Ponomarev.  

"Os homens armados que garantem a defesa da câmara vão manter-se no  local", acrescentou.  

Testemunhas disseram ter visto militantes a recuar para posições defensivas,  à medida que os blindados ucranianos assumiam posições na cidade.  

As tensões começaram no leste e no sul russófonos da Ucrânia após a  deposição, a 22 de fevereiro do presidente pró-russo Viktor Ianukovich pelos  pró-europeus, na sequência de três meses de manifestações populares nas  principais cidades do país: Slaviansk, Donetsk e Lugansk. 

Os rebeldes proclamaram uma "República de Donetsk", cuja bandeira ondula  -- muitas vezes, juntamente com a bandeira russa -- nas câmaras municipais  de cerca de 15 cidades do leste do país, em vez da bandeira ucraniana, segundo  testemunhos de jornalistas no local. 

Depois do referendo sobre o estatuto da Crimeia, a 16 de março, que  deu vitória maciça à anexação daquela península ucraniana à Rússia, foi  agora a vez de os separatistas anunciarem outro referendo, a 11 de maio,  para decidir o destino da região de Donetsk: autonomia dentro da Ucrânia,  independência ou unificação com a Rússia. 

A 13 de abril, o governo de Kiev anunciou o lançamento de uma "operação  antiterrorista" destinada a desarmar os rebeldes e libertar os edifícios  ocupados. Dez dias depois, o balanço de tal operação é quase nulo no terreno.

 

Lusa

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