"Penso que organizar umas eleições sem ter encontrado uma base de entendimento com o leste e o sul (russófonos) da Ucrânia é muito destrutivo para o país", declarou à estação televisiva RT
"Eles devem começar por se assegurar de que todas as regiões ucranianas se sentem bem, que elas são bem ouvidas e envolvidas, empenhadas, nesse processo em pé de igualdade", acrescentou.
Estão marcadas para 25 de maio eleições presidenciais antecipadas na Ucrânia para escolher um poder legítimo através do voto, após a deposição, no final de fevereiro, do Presidente pró-russo Viktor Ianukovich, na sequência de três meses de contestação que terminaram num banho de sangue e na perda da península da Crimeia, anexada à Rússia.
Mas os rebeldes separatistas do leste ucraniano exigem a realização de um referendo - como o que decorreu a 16 de março na Crimeia - sobre a "federalização".
Esta opção, com vista à unificação à Rússia, é defendida por Moscovo, que visa assim garantir os "interesses legítimos" das regiões russófonas do leste e do sul do país, antes ou o mais tardar a 25 de maio.
Com Lusa