Crise na Ucrânia

Transdniestria pede à Rússia, ONU e OSCE que reconheçam a sua independência

O parlamento da república separatista moldava  da Transdniestria aprovou hoje uma resolução em que pede à Rússia, à ONU  e à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) que reconheçam  a sua independência

Tiraspol, Transdniestria / AP
JOHN MCCONNICO

Os deputados da república separatista, que declarou a independência  da Moldávia em 1991, destacam na resolução o referendo de setembro de 2006  em que 97% da população da região se pronunciou a favor de uma união com  a Rússia. 

"Ao expressar a sua vontade através de um mecanismo fundamental da democracia  direta como é a consulta popular (...), o povo da Transdniestria utilizou  o seu legítimo direito de determinar livremente e sem ingerências o seu  estatuto político", afirma a resolução, citada pelas agências russas. 

"Em conformidade com as normas do Direito internacional, o direito de  autodeterminação do povo deve ser a base das decisões políticas e deve ser  respeitado por todos os Estados", acrescenta o texto, que pede o reconhecimento  da Transdniestria como um "Estado independente e soberano". 

O parlamento da região separatista, que rompeu relações com a Moldávia  depois de um conflito armado (1992-1993), propõe-se introduzir a legislação  russa em todo o território, como primeiro passo para a unificação com a  Rússia. 

A Moldávia defende a integração dos dois territórios, o que é rejeitado  pelos separatistas. 

A declaração de independência da pequena república separatista, situada  no norte da Moldávia, entre o rio Dniestre e a fronteira com a Ucrânia,  não foi reconhecida por nenhum país membro da ONU. 

Moscovo apoia no entanto política e financeiramente o território e mantém  militares no terreno desde o conflito de 1992-1993, quando tropas russas  enfrentaram as moldavas em apoio dos separatistas. 

Na república vivem 150.000 a 200.000 russos, cerca de um terço do total  de meio milhão de habitantes. 

 

Lusa

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