Crise na Ucrânia

Vice-presidente dos EUA viaja para Polónia e Lituânia para debater crise na Ucrânia

O vice-presidente dos EUA vai viajar para  a Polónia e Lituânia, na próxima semana, para discutir com os aliados na  região a crise provocada pela intervenção militar russa na península ucraniana  da Crimeia, anunciou, na sexta-feira, a Casa Branca. 

Joe Biden chegará a região na segunda-feira, dia 17, um dia depois de  a república autónoma da Crimeia celebrar o polémico referendo sobre a sua  união à Rússia. 

O referendo não goza do reconhecimento nem dos Estados Unidos nem dos  seus aliados europeus, os quais advertiram a Rússia para a aplicação de  sanções no caso de anexar a Crimeia.  

Na sua viagem à Polónia e à Lituânia, que termina dia 19, Biden reunir-se-á  com os líderes dos dois países e com os da Estónia e da Letónia para estudar  com eles uma forma de apoiar a soberania e integridade territorial da Ucrânia  no âmbito da crise desencadeada pela intervenção russa na Crimeia. 

O Presidente norte-americano, Barack Obama, disse, esta sexta-feira,  que acredita numa solução diplomática para esta crise, voltando a advertir  Moscovo de que haverá "consequências" se "continuar a violar" a soberania  da Ucrânia. 

As declarações de Obama foram proferidas quase ao mesmo tempo das do  ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, que disse, em Londres,  que a "vontade" do povo da Crimeia -- expressa no referendo de domingo --  deverá ser respeitada, pedindo o apoio da comunidade internacional para  uma reforma constitucional na Ucrânia. 

Lavrov deu uma conferência de imprensa no final do encontro que manteve,  em Londres, com o chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, em que  reconheceu que "persistem as diferenças" entre Washington e Moscovo sobre  a crise ucraniana. 

Obama recebeu, na quarta-feira, na Casa Branca, o primeiro-ministro  interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, num encontro em que se mostrou confiante  de que poder-se-ia evitar o referendo na Crimeia por via da diplomacia.

A visita de Arseni Yatseniuk à Casa Branca figurou como um sinal de  apoio dos Estados Unidos ao novo Governo interino da Ucrânia, cuja legitimidade  é rejeitada pela Rússia, com Obama a aproveitar para reiterar que o seu  país "não reconhecerá" o resultado do referendo. 

Entretanto, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, sustentou,  na quinta-feira, que se a Rússia não abandonar as suas intenções de anexar  a Crimeia, após o referendo, a União Europeia e os Estados Unidos responderão  com medidas "muito sérias". 

 

     

 

Lusa

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