Crise na Ucrânia

Ativista ucraniano recebe tratamento médico na Lituânia 

Dmytro Bulatov, ativista ucraniano que afirma  ter sido torturado pela polícia da Ucrânia, chegou hoje à capital da Lituânia  onde vai ser submetido a tratamento médico, confirmou a AFP em Vilnius.

Boulatov, um dos ativistas do movimento "Automaidan", da oposição contra  o presidente ucraniano Viktor Ianukovitch, e que as autoridades de Kiev  perseguiram "pela organização de desordens", foi finalmente autorizado a  deslocar-se ao estrangeiro por motivos médicos, após pressão internacional.

O militante de 35 anos e pai de três filhos, que apresentou ferimentos  em todo o corpo e um golpe na cara e orelha, disse que esteve uma semana  a ser torturado pela polícia da Ucrânia que o chegou a crucificar, em retaliação  pelos vários desfiles automóveis em "marcha lenta" na capital do país, que  chegaram a impossibilitar o movimento das autoridades na cidade.  

Boulatov, quando chegou hoje a Vilnius, foi transportado de ambulância  entre o aeroporto e um hospital, sem fazer declarações, noticiou um jornalista  da France Presse no local. 

"Nós estamos preparados para ajudar todos os ucranianos feridos, sem  fazer distinção entre a oposição e os outros", disse à AFP o ministro lituano  da saúde, Vytenis Andriukaitis. 

"Penso que salvamos uma vida", disse o deputado da oposição da Ucrânia,  Petro Porochenko, à estação de televisão Kannal 5 de Kiev, referindo-se  ao dirigente do "Automaidan". 

Os protestos contra o presidente da Ucrânia prolongam-se desde o passado  mês de novembro, altura em que o chefe de Estado, por pressão da Rússia,  se recusou assinar o tratado de associação entre o país e a União Europeia.

Lusa

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