Sismo no Japão

Mundo "deve preparar-se para novos acidentes nucleares", alerta ONU

O mundo deve preparar-se para mais acidentes nucleares da escala dos ocorridos em Chernobyl e Fukushima. O alerta é do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que sugere novas medidas de cooperação internacional.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez o alerta ao intervir durante uma conferência realizada na capital da Ucrânia, para assinalar a explosão de um reator nuclear em Chernobyl há 25 anos.



O principal dirigente da ONU disse que a realidade preocupante exigiria substanciais melhorias na cooperação internacional.



À semelhança de outros oradores, Ki-moon previu o crescimento do recurso à energia nuclear, visto como inevitável num mundo sequioso de energia.



" Para muitos, a energia nuclear aparece como sendo relativamente limpa e uma escolha lógica numa era de crescente escassez de recursos. Mas a história obriga-nos a fazer perguntas dolorosas: Calculámos corretamente os riscos e custos? Estamos a fazer tudo o que podemos para manter as pessoas em segurança?", questionou o secretário-geral da ONU.



Ao dar ele próprio a resposta, Ki-moon disse: " A verdade infeliz é que provavelmente iremos assistir a mais desastres destes".



Fukushima com zona interdita



O alerta de Ban Ki-moon surge no mesmo dia em que o Governo japonês decretou zona interdita a área de evacuação no raio de 20 quilómetros em redor da central nuclear acidentada de Fukushima.



A interdição, que deverá tornar-se efetiva na noite de hoje para sexta-feira, visa permitir um controlo eficaz da zona.



Ao inspecionar vários milhares de casas, a polícia descobriu que mais de 60 famílias continuavam ali a viver, apesar dos riscos ligados às radiações.



A operadora da central, o grupo Tokyo Electric Power (TEPCO), calcula que serão ainda necessários cerca de três meses para começar a reduzir a radioatividade e entre seis a nove meses para arrefecer os reatores.
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