" Vim ao Japão com uma mensagem de solidariedade e de esperança dos norte-americanos", disse Clinton citada pela agência de notícias Efe.
Hillary Clinton afirmou estar convencida que o Japão será capaz de reconstruir a área devastada pelo terramoto de 11 de março e voltar ao crescimento económico " durante décadas".
Sobre a crise nuclear, a governante descreveu a situação como uma " crise multidimensional de alcance sem precedentes".
Clinton afirmou que esta visita pretende demonstrar os " fortes laços de amizade" entre os dois países e destacou a " admiração" e " resistência de espírito" demonstrado pelos japoneses durante "este período difícil".
Os Estados Unidos têm sido o maior aliado do Japão depois do desastre natural de 11 de março, que combinou um terramoto de nove graus na escala de Richter com um tsunami e o pior acidente nuclear ocorrido desde Chernobyl, em 1986.
Nos primeiros dias após o desastre, os Estados Unidos mobilizaram 20 mil dos 50 mil soldados que estão em bases no Japão para o resgate das vítimas do tsunami, além de 160 aviões e 20 navios numa operação denominada Tomodachi (amigo, em português).
Enquanto representações diplomáticas como as da França e da Alemanha abandonaram Tóquio com receio de uma nuvem radioativa, a embaixada norte-americana manteve-se na capital e duplicou o seu pessoal com o envio de uma equipa de especialistas nucleares.
Antes de chegar à capital japonesa, Hillary Clinton reuniu-se em Seul com o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, que concordou com a necessidade de apoiar a reconstrução do Japão após um tsunami que causou a morte ou o desaparecimento de cerca de 28 mil pessoas.
A empresa operadora da central nuclear de Fukushima disse hoje que espera ter controlada a crise de radioatividade dentro de seis a nove meses, segundo a agência AP.
O responsável pela Tokyo Electric Power (Tepco), Tsunehisa Katsumata, explicou em conferência de imprensa que, nos primeiros três meses, a companhia espera reduzir a fuga de radiação da central para níveis que não coloquem em causa a saúde pública, seguindo-se um período de três a seis meses para retirar os equipamentos e materiais contaminados da zona.