Orçamento do Estado 2014

PS desafia maioria a aprovar propostas que "fazem a diferença na vida dos portugueses"

O PS desafiou hoje o PSD a aprovar as propostas de alteração ao Orçamento do Estado "que fazem a diferença na vida dos portugueses", apesar de o PSD ter começado "muito mal" a chamar de "populistas" os socialistas.

"Com serenidade, esperaremos pelo vosso voto nas propostas que fazem  a diferença na vida dos portugueses", afirmou o deputado socialista Pedro  Marques na discussão na generalidade do Orçamento do Estado para 2014. 

Pedro Marques respondia ao porta-voz e presidente do PSD, Marco António  Costa, que na quarta-feira afirmou que propostas que o PS apresentou em  alternativa ao Orçamento do Estado para 2014 "não têm neutralidade orçamental"  e "são uma tentativa de afirmação populista". 

"Começámos muito mal, mas com muita serenidade vos digo: É populista  a taxa das PPP  1/8parcerias público-privadas 3/8 que o coordenador do Orçamento  do PSD admitiu no início do debate na especialidade ou a taxa sobre as PPP  é um instrumento para redistribuir melhor os sacrifícios entre os portugueses?",  questionou. 

"É populista a proposta para prolongar a cláusula de salvaguarda do  IMI? É populista a proposta pedida por todo o país, por todas as pequenas  e médias empresas da restauração para a baixa do IVA na restauração?", acrescentou.

Pedro Marques sublinhou também as propostas do PS relativas ao subsídio  social de desemprego, compensadas orçamentalmente com a "taxa sobre as PPP,  com o IMI dos fundos de investimento imobiliário, com o fim da isenção das  SGPS na dupla tributação internacional".  

"As propostas são credíveis, foram aliás admitidas pelo coordenador  do PSD na área do Orçamento, portanto, não nos chamem populistas. Querem  agora algum consenso para minorar alguns dos sacrifícios sobre os portugueses,  aprovem as mais importantes propostas do PS, não comecem logo a chamar-nos  populistas, a apoucá-las, a diminui-las, como fizeram ontem à noite", desafiou.

"Ainda têm tempo nestes três dias de demonstrar o que querem fazer,  de demonstrar que, ao menos aqui, há alguma hipótese de considerar as propostas  do PS", insistiu o deputado socialista.

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