Mandela

EUA só retiraram "Madiba" de lista "negra" em 2008 

O antigo Presidente sul-africano Nelson  Mandela, que morreu na quinta-feira, teve que esperar até 2008 para ser  retirado da lista de vigilância a terroristas dos Estados Unidos, terminando  com o que as autoridades norte-americanas consideravam uma "questão embaraçosa".

Nelson Mandela tinha deixado há anos as celas da prisão sul-africana  onde esteve durante 27 anos e cumprido o seu mandato presidencial, mas os  Estados Unidos ainda o mantinham numa lista negra, apesar do estatuto de  um dos estadistas mais respeitados do mundo que tinha conquistado, após  se ter tornado no primeiro Presidente negro da África do Sul. 

Até há cinco anos, Mandela e os outros líderes do Congresso Nacional  Africano estavam na lista de vigilância de terroristas devido à sua luta  armada contra o regime apartheid. 

Quando o nome de Mandela foi retirado, o então senador, e atual secretário  de Estado norte-americano, John Kerry, manifestou-se satisfeito pela decisão  porque considerava que o líder histórico sul-africano "não tinha lugar na  lista" que impedia, por exemplo, a sua entrada nos Estados Unidos. 

Agora, a América rende-se à figura internacional de Nelson Mandela,  e Barack Obama, o primeiro Presidente negro dos Estados Unidos, decretou  luto até segunda-feira e prestou homenagem a Mandela como uma figura ímpar  da História da Humanidade. 

A morte de Nelson Mandela, aos 95 anos, foi anunciada pelo Presidente  da República da África do Sul, Jacob Zuma, numa comunicação televisiva.

Líder da luta contra o "apartheid", foi o primeiro presidente negro  da África do Sul, entre 1994 e 1999. 

Lusa

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