As revelações mais danosas são as de antigos funcionários a instituição com fins lucrativos fundada em 2004 e encerrada em 2010, desencadeando processos judiciais que poderão arrastar o presumível candidato presidencial republicano para tribunal.
"Enquanto a Universidade Trump declarava querer ajudar os consumidores a ganhar dinheiro no setor imobiliário, de facto a Universidade Trump apenas estava interessada em vender a toda a gente os seminários mais caros que pudesse", disse o ex-funcionário daquela instituição Ronald Schnackenberg num depoimento escrito hoje revelado.
A empresa oferecia vários cursos de empreendedorismo sob a famosa marca Trump.
Mas Schnackenberg, antigo diretor comercial da empresa, descreveu como se despediu em 2007 depois de descobrir que "a conduta da Universidade Trump era enganosa, fraudulenta e desonesta", fazendo eco dos argumentos apresentados por ex-alunos queixosos que alegam ter sido enganados.
Outro ex-empregado, Jason Nicholas, reconheceu ao testemunhar que os seminários eram lecionados por "pessoas sem qualificações que se apresentavam como braços-direitos de Donald Trump".
Nicholas declarou que aqueles formadores "ensinavam métodos eticamente incorretos e que tinham pouca ou nenhuma experiência de apresentação de propriedades e de concretização de verdadeiros negócios imobiliários".
"Era uma fachada, uma mentira total", asseverou.
O tribunal também desclassificou manuais internos da empresa, os chamados "playbooks", onde se encontravam em pormenor as técnicas de marketing e vendas para orientar os futuros estudantes para os cursos e programas mais caros, que atingiam preços como 35.000 dólares (31.270 euros) por supostamente revelarem os segredos de Trump para gerar riqueza.
Lusa