Num comunicado, o empresário milionário de Nova Iorque disse ter entregado a sua declaração financeira pessoal à Comissão Federal Eleitoral (FEC), um documento que todos os candidatos a eleições federais nos Estados Unidos devem apresentar e que enumera as empresas em que desempenham funções ou têm interesses, respetivos ativos e dívidas.
A Comissão não divulgou até ao momento o documento, conhecido pelo acrónimo PFD ("Personal Financial Disclosure"), mas deve fazê-lo nos próximos 30 dias.
A campanha de Trump anunciou que o património líquido do candidato aumentou desde a última declaração apresentada, em julho, e "excede os 10 mil milhões de dólares" (cerca de 8,9 mil milhões de euros).
"Entreguei o meu PFD que, orgulho-me de o dizer, é o maior na história da FEC", afirmou Donald Trump no comunicado.
"Construí uma empresa incrível e acumulei um dos maiores portefólios de ativos imobiliários, muitos dos quais são considerados das mais bonitas e icónicas propriedades do mundo. É deste tipo de pensamento que o país precisa", acrescentou.
Na declaração entregue em julho, um mês depois de lançar a candidatura à nomeação pelo Partido Republicano, Trump indicava ter participações em mais de 500 empresas e organizações e 168 fontes de rendimento.
Investigadores da revista Forbes avaliaram em 2015 a fortuna de Trump em quatro mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros), destacando que o milionário tinha perdido uma série de negócios depois de ofender milhões ao afirmar que os mexicanos são "violadores e traficantes de droga".
A declaração em causa é diferente da declaração de rendimentos que os candidatos à presidência dos Estados Unidos tradicionalmente divulgam por iniciativa própria.
Donald Trump tem recusado divulgar a sua declaração de impostos enquanto não forem suspensas as investigações fiscais de que é alvo, o que lhe tem valido críticas não apenas dos candidatos democratas como também do ex-candidato republicano Mitt Romney, que acusou Trump de querer esconder qualquer coisa.
Lusa