Ébola

Libéria proíbe desembarque de tripulantes em todos os portos devido ao vírus Ébola

A Libéria anunciou hoje a interdição do desembarque em todos os seus portos devido à epidemia de Ébola que assola alguns países  do continente africano adiantou, a agência de notícias AFP. 

(Reuters)
© Stringer . / Reuters

Os livre-trânsitos que normalmente são atribuídos aos marinheiros das  embarcações comerciais que aportam na Libéria foram cancelados e nenhuma  pessoa embarcada será autorizada a descer a terra, disse à AFP Matilda Parker,  responsável pela administração dos quatro portos marítimos do país, o mais  afetado pela epidemia de Ébola. 

A responsável sublinhou que os portos da Libéria, incluindo o da capital,  Monróvia, vão adotar uma política de "tolerância zero" contra a epidemia,  que já fez mais de 1.500 mortos desde o início do ano. 

Os trabalhadores portuários que subam a bordo das embarcações terão  que passar por três níveis de controlo, tendo recebido ordens para não terem  nenhum contacto com qualquer tripulante. 

O porto de Monróvia é a porta de entrada da maioria das importações  necessárias ao país. 

Hoje, à chegada a Bruxelas para uma cimeira extraordinária da União  Europeia, o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, disse que vai  pedir aos representantes dos Estados-membros uma maior coordenação para  fazer frente à epidemia de Ébola. 

Espanha foi o primeiro país europeu a registar casos mortais devido  ao Ébola, depois de um missionário espanhol infetado com o vírus na Libéria  ter sido transportado para Madrid, não tendo resistido à doença. 

A epidemia afeta sobretudo a Libéria, a Guiné-Conacri, a Serra Leoa  e a Nigéria. 

Na sexta-feira o Senegal registou o seu primeiro caso. 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já contabilizou 3.069 casos da  doença, incluindo 1.552 mortes, em quatro países da África ocidental, de  acordo com o último balanço.  

A febre hemorrágica é uma doença infeciosa grave, causada pelo vírus  Ébola, identificada pela primeira vez em 1976, na República Democrática  do Congo (antigo Zaire), perto do rio Ébola. 

A doença transmite-se por contacto direto com o sangue, secreções ou  fluidos corporais de pessoas infetadas e ainda não existe tratamento nem  vacina certificada.  

Lusa

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