Ébola

Autoridades espanholas alarmadas com possível novo caso

Uma pessoa que poderá ter contraído o vírus Ébola foi colocada em isolamento num hospital especializado em Alicante (oeste), anunciaram no sábado as autoridades sanitárias.

De acordo com a imprensa espanhola, a irmã do doente também ficou em quarentena, apesar de não ter apresentado qualquer sintoma do Ébola.
© Suzanne Plunkett / Reuters

Este é o primeiro caso suspeito da doença do vírus Ébola em Espanha,  após a morte do missionário espanhol repatriado para Madrid a 7 de agosto.

Os resultados das análises realizadas ao doente só serão conhecidos  "na próxima semana, talvez na segunda-feira", disse uma fonte hospitalar  de Alicante.  

O departamento de saúde da região de Valência afirmou, em comunicado,  ter "ativado de maneira preventiva o protocolo previsto em caso de suspeita  da presença do vírus Ébola".  

"O paciente está internado no hospital de São João", em Alicante, "em  estado clínico estável, numa zona isolada", segundo o comunicado.  

De acordo com as autoridades sanitárias, "trata-se de um doente cujo  quadro clínico e epidemiológico poderá corresponder à doença" do vírus Ébola.

Outros suspeitos foram detetados em Espanha desde o início da epidemia  de Ébola, que causou mais de 1100 mortos desde o início do ano, em quatro  países da África Ocidental: Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

Nenhum caso suspeito foi confirmado em Espanha.  

Em cinco meses, a epidemia de Ébola declarada na África Ocidental,  a mais grave desde a descoberta da doença em 1976, causou 1145 mortos,  de acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS) de  quarta-feira passada.  

Na Europa, os resultados das análises ao vírus Ébola de uma mulher  detida num centro prisional escocês, que ficou doente e foi transferida  para um hospital, foram negativos, anunciaram no sábado os serviços de saúde  pública.  

A doença, que se transmite por contacto direto com o sangue e fluídos  corporais de pessoas ou animais infetados, causa graves hemorragias e pode  atingir uma taxa de mortalidade de 90%. Não é conhecida vacina.

 

Lusa

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