Desporto

Atletas de países afetados pelo Ébola barrados nos Jogos Olímpicos da Juventude

Atletas de países atingidos pela infeção do Ébola, na África Ocidental, estão a ser impedidos de competir em algumas modalidades dos Jogos Olímpicos da Juventude, que se iniciam na China no sábado, disse hoje a organização.

© Alexander Demianchuk / Reuter

"Atletas oriundos das zonas afetadas não vão competir em desportos de  combate" e "também foi decidido que nenhum atleta daquela região irá competir  na piscina", revelaram, em comunicado, o Comité Olímpico Internacional e  os organizadores chineses do evento, no qual participam 21 portugueses.

A decisão, que afeta dois atletas de desportos de combate e um de piscina,  foi tomada "com o objetivo de garantir a segurança de todos os participantes"  nos Jogos que decorrem na cidade oriental chinesa de Nanjing, disse o comunicado.

Além disso, todas as pessoas das delegações da África Ocidental "serão  sujeitas a regulares medições de temperatura e avaliações físicas" durante  os Jogos.  

"Fomos tranquilizados pelas autoridades de saúde, que garantiram que  não foram apresentadas casos suspeitos e que o risco de infeção é altamente  improvável", acrescenta.  

Os Jogos Olímpicos da Juventude realizam-se em Nanjing, antiga capital  da China, de 16 a 28 de agosto, e neles participam mais de 3.700 atletas,  com idades entre os 15 e os 18 anos - alguns dos quais se espera poderem  vir a alcançar um lugar nos Jogos Olímpicos de 2016, a serem organizados  pelo Brasil.  

O pior surto de sempre de Ébola no mundo, que eclodiu na África Ocidental,  matou até agora 1.069 pessoas e provocou o alarme internacional, levando  várias grandes companhias aéreas a cortar voos para a região.  

A Guiné Conacri, no epicentro da epidemia, declarou "emergência de saúde  pública" e impôs controlos de fronteiras rígidas, enquanto os Estados Unidos  ordenaram aos familiares dos diplomatas que abandonem a vizinha Serra Leoa,  também afetada.  

A Libéria e a Nigéria também registraram casos.  

A Organização Mundial de Saúde diz que o surto de Ébola está a ser muito  subestimado e que são necessárias medidas "extraordinárias" para conter  a propagação do vírus. 

Lusa

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