Ébola

Casos de ébola na África ocidental sobem para 408, entre os quais 215 mortos

O vírus ébola terá registado 50 novos casos, entre os quais 21 mortos, na África ocidental entre 29 de maio e 1 de junho, elevando para 408 o número total de doentes, 215 dos quais morreram, revela hoje  a OMS.  

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© Stringer . / Reuters

A Organização Mundial de Saúde (OMS) escreve num comunicado que entre  29 de maio e 01 de junho, 37 novos casos de infeção e 21 novas mortes foram  registados na Guiné Conacri, país onde em janeiro deflagrou a atual epidemia  de ébola.  

O número cumulativo de casos atribuíveis à doença na Guiné Conacri era,  a 01 de junho, de 328 (193 confirmados, 80 prováveis, e 55 suspeitos) incluindo  208 mortos.  

Outras 604 pessoas estão a ser monitorizadas no país por terem tido  contacto com doentes, acrescenta a OMS.  

Na Serra Leoa, 13 novos casos (três confirmados e 10 suspeitos) foram  registados no período de 29 de maio a 01 de junho, durante o qual não houve  informação de mortes. O total de casos no país aumentou assim para 79 (18  confirmados, três prováveis, e 58 suspeitos), incluindo seis mortos. 

Já hoje, a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras anunciou que  desde o fim de maio informações preliminares recebidas do ministério da  Saúde da Serra Leoa apontam para mais quatro mortos, em Koindu, no distrito  oriental de Kailahun, situado perto da fronteira com a Guiné Conacri. 

Na Libéria registou-se um caso suspeito que acabou por morrer, estando  em investigação o número total de casos. 

A OMS continua a apoiar as medidas preventivas e de controlo nos países  afetados pela epidemia de ébola, mas não recomenda quaisquer restrições  às viagens para a Guiné Conacri, a Libéria ou a Serra Leoa. 

O vírus do Ébola provoca uma febre hemorrágica caracterizada por vómitos,  diarreia, dores musculares e, em casos graves, a falência de órgãos e hemorragia  interna incontrolável. 

Pode ser transmitido pelo sangue e outros fluidos corporais, bem como  através do manuseamento de cadáveres de animais infetados ou contaminados,  conhecidos como transmissores da doença. 

O aparecimento da doença foi descrito pela OMS como um dos mais desafiantes  desde a descoberta do vírus em 1976 no então Zaire, atual República Democrática  do Congo. 

 

Lusa

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