O partido tem o apoio do eurodeputado e antigo líder do UKIP Nigel Farage, que durante anos promoveu uma campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e defende uma saída em rutura com o bloco a 29 de março.
"O partido foi fundado com meu total apoio e com a intenção de participar das eleições europeias de 23 de maio, se o 'Brexit' não for implementado até lá", afirmou Nigel Farage ao jornal The Daily Telegraph, afirmando que será candidato se tal acontecer.
Farage acrescentou que o novo partido recebeu "centenas de candidaturas" de outros aspirantes a candidatos, bem como "importantes" promessas de financiamento.
Nigel Farage abandonou o UKIP em dezembro em desacordo com a nova liderança, que se aproximou do ativista anti-islamismo e futura da extrema direita Stephen Yaxley-Lenon, conhecido por Tommy Robinson.
Porém, apesar de nunca ter conseguido ser eleito para o parlamento britânico, continua a ser uma figura reconhecida da política nacional e um dos maiores rostos do 'Brexit', cujo desfecho continua incerto.
O novo partido foi registado esta semana por Catherine Blaiklock, uma antiga dirigente do UKIP que falhou uma candidatura a deputada pelo círculo de Great Yarmouth, uma área onde residem milhares de portugueses no leste de Inglaterra.
Na altura, destacou-se por usar a fotografia do marido, de origem jamaicana, para contrariar as acusações de racismo ao partido, que defende uma redução e controlo da imigração para o Reino Unido. Ao Daily Telegraph, garantiu que o partido poderá atrair "milhares" de membros do partido Conservador insatisfeitos com a atual estratégia do governo.
Embora a saída da UE esteja marcada para 29 de março, a primeira-ministra britânica continua sem conseguir garantir uma saída ordenada devido à rejeição pelo parlamento em janeiro do acordo que negociou com Bruxelas.
Uma maioria de deputados conservadores e do Partido Democrata Unionista (DUP) votou entretanto uma proposta para Theresa May renegociar uma alteração ao documento que substitua a solução para a Irlanda do Norte prevista para evitar uma fronteira física com a vizinha Irlanda.
O impasse não só no parlamento britânico mas também com a UE, que recusa renegociar o acordo, fez aumentar o risco de uma saída desordenada, sem acordo, ou um adiamento do 'Brexit' para além de 29 de março, o que May tem até agora refutado.
Lusa