"Há que esperar pelo final da investigação, ainda que quinta-feira o Procurador tenha dado elementos suficientes para que possamos pensar que este ato louco, incompreensível, horrível, esteja na origem do embate" na montanha, disse Manuel Valls à cadeia "i-télé".
A Procuradoria de Marselha, após o exame da gravação de áudio da caixa negra recuperada e que guarda os registos de voz dentro da cabine, revelou que o copiloto tinha, deliberadamente, provocado a queda do avião.
"Tudo se orienta para esse gesto inqualificável: criminoso, louco, suicida. Como imaginar que um piloto em quem se tem toda a confiança (...) precipita um avião contra a montanha depois de ter bloqueado a porta impedindo que o comandante volte a entrar", disse Valls.
O chefe do Governo francês salientou ainda que cabe agora à empresa alemã Lufthansa, proprietária da Germanwings, proporcionar toda a informação do copiloto.
Andreas Lubitz recebia assistência regular na medicina privada
De acordo com o diário alemão Bild, que cita documentos do regulador alemão, o Luftfahrtbundesamt (LBA), o copiloto procurou ajuda psiquiátrica para um "surto de depressão agudo" em 2009 e continuava a ser assistido pelos médicos.
Andreas Lubitz recebia assistência regular na medicina privada, acrescenta o Bild ao salientar que a Lufthansa, proprietária da Germanwings, prestou essa informação ao regulador.
Carsten Spohr, administrador delegado da Lufthansa tinha dito que Andreas Lubitz suspendera a sua formação de piloto, que começara em 2008, "durante um determinado período", mas não prestou mais detalhes.
Depois o copiloto continuou a formação e ficou habilitado para voar Airbus A-320 em 2013. Durante a formação, contudo, o jovem piloto sofreu "depressões e ataques de ansiedade".
Os registos do piloto serão analisados hoje por especialistas alemães antes de serem entregues aos investigadores franceses.
Com Lusa