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“Lista de secretários de Estado é desanimadora e mostra pouca capacidade de atração”

O comentador da SIC João Maria Jonet diz que o Governo de Luís Montenegro teve dificuldades em encontrar nomes para preencher as secretarias de Estado.

João Maria Jonet

SIC Notícias

João Maria Jonet, comentador SIC, afirma que se nota que foi muito difícil ao PSD fechar a lista de secretários de Estado e acredita que isso pode dever-se à perceção de que o Governo vai durar pouco.

Olhando para a lista de nomes escolhidos, João Maria Jonet destaca que há “muitas pessoas vindas da academia, da função pública e de outros gabinetes”.

“Há escolhas um bocadinho deslocadas”, repara, apontando casos do Ambiente e da Proteção Civil, em que os titulares das pastas, assinala o comentador, “não têm propriamente experiência nas áreas”.

“Demonstra dificuldades de recrutamento. Há claramente pessoas que tiveram de ser encaixadas em sítios que não seriam óbvios porque não foi fácil fechar a lista.”

Para João Maria Jonet, esta é uma lista “desanimadora” e que mostra “pouca capacidade de atração”.

O comentador nota também aquilo que considera ser um caso “estranho”: a não existência de uma Secretaria de Estado do Ensino Superior, depois de o ministério com essa tutela ter sido desfeito e englobado no Ministério da Educação. “Não me parece uma boa gestão”, refere Jonet. “Mais vale não comprar guerras onde elas não precisavam de existir.”

João Maria Jonet assinala ainda o facto de os secretários de Estado serem “muitos” e sugere que tal se deve à necessidade de satisfazer muitas pessoas, depois de vários anos em que o PSD esteve afastado do poder.

A resposta do PS

O comentador da SIC considera que Pedro Nuno Santos quer “acelerar a polarização” PS-PSD e tentar “atirar o PSD para os braços do Chega”, para “capitalizar ao centro”.

João Maria Jonet afirma, contudo, que o PS pode ser o primeiro a ceder com esta estratégia, uma vez que, sustenta, o PSD tem “a cola” de estar no poder e o Chega tem “a cola do próprio líder”.

“No PS, a cola é menos forte”, defende, lembrando que muitos socialistas passam agora “para o desemprego, para a inatividade política”, saindo do Governo. “Pode haver um grupo, à volta de José Luís Carneiro e Fernando Medina, de oposição máxima a esta estratégia de Pedro Nuno Santos”, remata.

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