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Tropas israelitas terminam ofensiva no maior hospital de Gaza

Do lado palestiniano há acusações de que as forças israelitas deixaram o hospital Al-Shifa completamente inoperacional e atacaram pessoal médico, pacientes e civis - mais de 6.00 refugiavam-se no complexo hospitalar.

Miguel Franco de Andrade

SIC Notícias

Mesmo a recuperar de uma intervenção cirúrgica no hospital, Benjamin Netanyahu prometeu interditar a transmissão da estação de televisão árabe Al Jazeera, depois da aprovação de uma lei pelo Parlamento israelita. Em Gaza, as tropas israelitas já deram por terminada a intervenção militar no maior hospital do enclave.

Para as forças israelitas, a segunda intervenção militar no hospital de Al-Shifa desde o início da guerra foi bem-sucedida. Duas semanas de uma operação que, segundo o exército israelita, teve como justificação o agrupamento do Hamas. Telavive afirma ter detido 900 pessoas, 500 que diz serem do Hamas e da Jihad Islâmica, e eliminado 200 que considera terroristas.

Do lado palestiniano há acusações de que as forças israelitas deixaram o hospital, o maior da Faixa de Gaza, completamente inoperacional e terá sido atacado pessoal médico, pacientes e civis - mais de 6.00 refugiavam-se no complexo hospitalar.

A OMS confirmou que, pelo menos, 21 pacientes morreram no hospital, alguns deles vítimas dos combates, das constantes transferências dentro do edifício ou devido à falta de cuidados médicos.

Os médicos tentam agora transferir os doentes que restam para hospitais alternativos, também eles com sérias dificuldades, como o Nasser, em Khan Younis, num território totalmente devastado.

Eleições em Israel? Netanyahu rejeita ideia

Do outro lado da fronteira, enquanto ainda recupera de uma cirurgia a uma hérnia em condições hospitalares diametralmente opostas, o primeiro-ministro israelita garantiu que vai proibir a transmissão das emissões da estação de televisão Al Jazeera em território israelita. Antes, Benjamin Netanyahu reiterou a intenção de avançar militarmente para o extremo sul de Gaza, em Rafah, apesar da oposição dos Estados Unidos da América.

Netanyahu reagiu ainda às cada vez mais frequentes manifestações de protesto de familiares dos reféns cativos em Gaza e da população, que exige a demissão do chefe de Governo.

"O pedido de convocação de eleições agora, a meio da guerra, mesmo antes da vitória, vai paralisar Israel durante pelo menos seis meses...oito meses na minha opinião. Paralisarão as negociações para a libertação dos nossos reféns, farão com que a guerra termine antes de atingir os seus objetivos - e o primeiro a abençoá-la será o Hamas, e isso diz tudo", diz o chefe do Executivo.

Nas últimas horas, um ataque de drone contra a cidade israelita de Elilat, no Sul do país, foi reivindicado por uma milícia iraquiana.

O comandante e, pelo menos, outros cinco elementos do Corpo da Guarda Revolucionária do Irão foram mortos no bombardeamento israelita ao edifício do consulado de Teerão, em Damasco, na Síria, em mais um momento de perigo para o alastramento regional de guerra.

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