Em 2021 aumentou o número de pessoas com limitações na realização das tarefas do quotidiano por causa de problemas de saúde, segundo revelam as últimas estatísticas do INE, na véspera do Dia Mundial da Saúde.
A seguir à pandemia, o número de pessoas com limitações por causa dos problemas de saúde aumentou, ou seja, os portugueses têm agora menos anos de vida saudável.
Os últimos dados do INE revelam que em 2021 a percentagem deste grupo era quase de 35% da população nacional .
Em 2022, essa percentagem baixou quase um ponto, mas manteve-se acima dos resultados anteriores à pandemia, colocando Portugal no topo da lista dos países da União Europeia, no que toca a este indicador.
Também é expressivo o valor da expectativa de vida saudável que por cá teve menos 2,1 anos do que a média europeia, em 2020.
O INE destaca ainda o facto de em 2021 se ter verificado um acréscimo do número de médicos e enfermeiros em relação ao ano anterior.
Em 2021 contavam-se mais 2,7% de médicos e de 2,9% enfermeiros do que em 2020.
O atendimento prestado em contexto hospitalar, como consultas médicas e os atos complementares de diagnóstico e/ou terapêutica também atingiram em 2021 , valores superiores aos registados antes da pandemia.
No entanto, o atendimento nas urgências, os internamentos e as cirurgias nos blocos operatórios foram menores do que em 2019.
A recuperação da atividade da saúde em 2021 foi sentida tanto no setor público, como no privado, mas os últimos dados do INE realçam que os hospitais públicos ou em parceria público-privada, continuaram a ser os principais prestadores de serviços de saúde, assegurando a maioria dos atos complementares de diagnóstico, dos atendimentos em urgência, dos internamentos, das cirurgias e das consultas médicas.
Amanhã assinala-se o Dia Mundial da Saúde, a tempo de se refletir sobre os dados reveladores.