Desde a sua descoberta, a peça arqueológica gerou controvérsia: seriam os orifícios no osso feitos por humanos ou marcas deixadas por animais? Após 30 anos de investigação, a teoria de que os buracos foram feitos por animais foi descartada. Boštjan Laharnar, curador de pré-história do Museu Nacional da Eslovénia, defende que já não há razões para duvidar.
"O caso está, na minha opinião, completamente provado. A investigação científica provou que se trata de um artefacto humano e, mais do que isso, de um instrumento musical."
O músico Boštjan Gombač já experimentou a flauta e conseguiu tocar quatro tons distintos.
Para a Eslovénia, agora há outro desafio: transformar a relíquia num símbolo nacional e numa alavanca para o turismo, a cultura e a economia.
A flauta Neandertal de Divje Babi é o ponto central da nova exposição do Museu Nacional da Eslovénia. Mateja Kos Zabel, a diretora do museu, destaca a importância e o potencial desta descoberta.
"É nosso dever promover esta flauta, colocá-la no mapa e na consciência das pessoas."
E se a Eslovénia tivesse agora a ousadia de se apresentar ao mundo como o berço da música?
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